Meninas apresentam grande evolução após um ano no Projeto Braçadas com Amor. Os treinos são realizados no Centro de Treinamento do Projeto Godoy, em funcionamento no Itapuã Clube. As aulas são comandadas pelo professor Ednaldo Herculano de Miranda Jr., o professor Manno. O instrutor e um dos mais respeitados especialistas em natação do Brasil. 

“As meninas estão evoluindo tecnicamente dentro de uma filosofia de muito respeito ao ser humano! Quero ajudar a natação feminina do Brasil de uma maneira diferente, que as meninas saibam que devem ter disciplina, comportamento padronizado como futuras atletas e que, acima de tudo, não nadar da mesma forma que existe no Brasil e outros países. Existem crianças de 11 e 12 anos nadando cinco e sete quilômetros por dia. Isso é um absurdo. Não quero dizer que não vá dar certo. O problema é que pode dar certo e depois vir resultados espantosos. Só que a motivação diminui muito. Elas percebem que aquilo tem de aumentar demais. Com isso, elas desistem. Essa desistência prematura é que me preocupa”, considera Manno.

Elane de Amorim Martins Fernandes, mãe da aluna Raquel de 13 anos, conhecida como “Pedrita”, aprova a metodologia de treinamento aplicada no projeto e se sente satisfeita com os resultados. “A Pedrita melhorou bastante a desenvoltura e a cognição. Passou a ficar mais desempenhada e ativa. Ela era bem mais devagar. Melhorou a autoestima, concentração. Em fim, melhorou tudo”, analisou.  

O projeto Braçadas com Amor conseguiu, com passar do tempo, adquirir uma excelente atmosfera, sendo criado um grande vinculo no grupo. Na hora das distrações todas brincam e sorriem, mas quando é para treinar, a seriedade é notória. Alunas revelaram benefícios alcançados no esporte.   

“Estou achando tudo ótimo. Neste primeiro ano que estou no projeto senti que minha respiração melhorou muito. Acordo cedo e estou com mais disposição”, declarou Mel.

“Senti mudança física e no meu comportamento em casa. Parei de ser preguiçosa (risos). Estou mais ágil, flexível. Mudei bastante”, analisou Iris, 13 anos, conhecida como “Ligeirinha”.

“As meninas são muito acolhedoras e o professor também é! Criei o hábito de me alongar mais, estou bem mais flexível. Hoje tenho disposição, antes era preguiçosa. Agora tenho mais iniciativa para fazer as coisas”, revelou Maria Luisa, 14 anos. 

 

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