Dois produtores de café do Noroeste Fluminense conquistaram primeiro e segundo lugar em um evento internacional dedicado ao segmento de cafés especiais e orgânicos. A premiação foi na categoria de Melhor Café Torrado para Expresso, na 1ª edição do evento Rio Coffee Nation, que foi realizado neste fim de semana.

O primeiro lugar ficou com um produtor de Porciúncula. O segundo lugar, com um de Varre-Sai.

O responsável pelo café MN, produzido em Porciúncula, é o produtor rural Ênio Geraldo Marqueline Neles, de 40 anos, ele contou que a família produz café há três gerações, e agora, ele está buscando cada vez mais melhorar a qualidade do café. A agricultura tem o apoio dos técnicos da Emater-Rio

“Graças a Deus nós temos o apoio porque sozinho a gente não consegue chegar a lugar nenhum. Eu tenho um contato muito bom com eles, eu ligo, converso por telefone, eles me ajudam com as novas tecnologias, me ajudam com o pós-colheita e na comercialização. Até na hora de preparar o café para o concurso eles dão todo o suporte. Sempre procuro os técnicos da Emater-Rio para conseguir fechar o trabalho”, disse o produtor.

O produtor do café Fazenda Pinheiro, que ficou em segundo lugar no concurso, Manoel Felipe Medeiros de Faria, de 33 anos, começou o cultivo em Varre-Sai há três anos e disse que a conquista foi uma surpresa.

“Esse resultado foi uma surpresa, eu não imaginava, porque tinha muito café de qualidade produzido no Brasil. E esse lote por exemplo, eu mesmo torrei e não esperava chegar tão longe, eu estou muito feliz com essa posição”, disse Medeiros.

O trabalho da Emater-Rio que ajuda os produtores na busca pela melhor qualidade do café tem cerca de 10 anos. São benefícios que vão da escolha da planta que será cultivada, passa pelo pós-colheita e chega a comercialização, tudo usando o que há de mais tecnológico na produção de cafés no Mundo.

Gustavo Pereira Polido, extensionista rural do escritório local da Emater-Rio em Varre-Sai, trabalha com os cafés da região Noroeste há quatro anos. Ele explicou que um diferencial para os resultados de qualidade do café da região é a boa aceitação dos produtores para as tecnologias que os extensionistas levam para o campo.

“Muitos processos são diferentes, o trato cultural, as adubações, o controle de pragas e doenças, e depois ainda tem o pós-colheita, que é fundamental para garantir a qualidade do café. Neste ponto a aceitação do produtor às novas tecnologias é fundamental. Eles têm uma dedicação para manter todos os processos e chegar a qualidade do café”, afirmou Gustavo.

O também extensionista rural, Flávio Gonçalves de Souza, trabalha no escritório local da Emater-Rio em Porciúncula. Ele explicou que outro fator importante neste trabalho, é a sucessão familiar.

“Um dos nossos objetivos é manter o produtor no campo, porque nós percebemos que durante os anos, muitos jovens deixam a produção da família e se mudam para os centros urbanos. Mas, com esse trabalho, nós vemos que a maioria dos produtores que estão acreditando na melhoria e na qualidade do café é jovem, e eles estão vendo os resultados em um curto espaço de tempo. Antes eles vendiam o café para um atravessador com o preço fixado, agora eles estão fazendo até venda direta para o consumidor, além de entregar para grandes empresas do setor, isso garante o jovem no campo”, concluiu.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here