Com números alarmantes do esgotamento de leitos de UTI e do aumento de mortes por covid-19 no país, além de palavras caracterizando a situação como “gravíssima” e “absolutamente crítica”, um boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz publicado na noite desta terça-feira (16/3) classificou o momento atual da pandemia como o “maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil”.

boletim mostra que a última semana, de 7 a 13 de março, foi de recorde em casos e óbitos por covid-19, com uma média de 71 mil novos casos e 1,8 mil óbitos por dia.

Mas essa é uma situação que já vem escalando há um tempo: nas últimas três semanas (desde 21 de fevereiro), o número de casos cresce a uma taxa de 1,5% ao dia, e de óbitos, 2,6% ao dia. São valores considerados elevados mesmo se comparados à primeira fase da pandemia no país.

Destino de tantas pessoas adoecidas, com covid-19 ou não, os hospitais estão esgotados na maior parte do país. Das 27 unidades federativas, 24 Estados e o Distrito Federal estão com ocupação de leitos de UTI superior a 80% — 15 delas com taxas ultrapassando 90%.

“É praticamente o país inteiro com um quadro absolutamente crítico”, diz o boletim.

Na última semana, melhorou a situação em Roraima (com queda de ocupação de 80% para 73%) e piorou a do Pará, que voltou à zona crítica (passando de 75% para 81%). Também entraram na zona crítica, aquela superior a 80%, Amapá (90%), Espírito Santo (89%), Paraíba (85%), Minas Gerais *85%) e Alagoas (84%).

Roraima e Rio de Janeiro são hoje os únicos Estados na zona de alerta intermediário — mas o Estado do Sudeste já está bem perto da zona crítica, com taxa de 79%.

Das 27 capitais, 25 estão com ocupação de leitos de UTI superior a 80%, e 19 destas cidades têm taxa maior que 90%.

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