A Polícia Civil do RJ investiga a morte de Henry Borel Medeiros, de 4 anos. O menino chegou sem vida a um hospital da Zona Oeste do Rio na madrugada do dia 8, com hemorragia e edemas.

O vereador e a mãe da criança prestaram depoimento como testemunhas na tarde da última quarta-feira, na 16ª Delegacia, na Barra da Tijuca. O depoimento durou 12 horas e terminou às 2h30min desta quinta-feira (18). Os dois falaram em salas separadas, e deixaram a delegacia sem falar com a imprensa.

Como Henry estava quando chegou ao hospital?

Segundo o laudo do Instituto Médico-Legal, a que a TV Globo teve acesso, a criança já deu entrada no hospital sem vida e apresentava:

múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores; infiltração hemorrágica na região frontal do crânio, na região parietal direita e occipital, ou seja, na parte da frente, lateral e posterior da cabeça; edemas no encéfalo; grande quantidade de sangue no abdome; contusão no rim à direita; trauma com contusão pulmonar; laceração hepática (no fígado) e hemorragia retro peritoneal.

O documento informa que a causa da morte foi hemorragia interna, laceração hepática causada por uma ação contundente.

Henry pode ter se machucado assim ao cair da cama?

Não, segundo peritos ouvidos pela TV Globo.

“Uma queda de uma altura baixa é pouco provável que esteja na origem dessas lesões traumáticas”, afirmou perito legista Carlos Durão.

“Nós observamos esses tipos de lesões em acidentes de trânsito, com muito mais energia”, emendou Durão.

Talvane de Moraes acrescenta que há lesões em áreas diversas do corpo, “o que uma queda não proporcionaria”.

“Pode haver equimoses [manchas], mas em regiões onde o corpo colidiu com o chão. Acho difícil colidir cabeça, fígado, pulmão, rim e abdômen [de uma vez só], explicou Moraes.

O que a mãe e o padrasto alegaram?

Monique e Jairinho contaram que ouviram um barulho de madrugada e que encontraram o menino desacordado no quarto.

O pai do menino relatou que, segundo a ex-mulher, a criança estava com os olhos revirados e já com dificuldade de respirar.

O casal levou Henry para o Hospital Barra D’Or. Monique ligou para o ex-marido, avisando do incidente.

O que a polícia disse?

Até a última atualização desta reportagem, a polícia se limitou a informar que está investigando o caso.

O pai de Henry depôs no próprio dia 8.

Monique e Dr. Jairinho passaram 12 horas depondo em salas separadas na 16ª DP (Barra da Tijuca) e deixaram a delegacia às 2h30 desta quinta-feira (18) sem falar com a imprensa.

Ao jornal “Extra”, Dr. Jairinho enviou uma nota não qual disse “estar triste”, “sem chão” e “suportando a dor graças ao apoio da família e dos amigos”.

“As autoridades apuram os fatos, e vamos ajudar a entender o que aconteceu. Toda informação será relevante. Por isso, acho prudente primeiro dizer na delegacia a dinâmica dos fatos, até mesmo para não atrapalhar os trabalhos desenvolvidos”, informou o vereador na nota.

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