Os laboratórios BioNTech e Pfizer anunciaram hoje que um estudo indicou que a vacina contra a covid-19 desenvolvida pelas empresas tem eficácia de 100% nos jovens com idades entre 12 e 15 anos. Os dados ainda não foram revisados por pares.
Os testes clínicos de fase 3 com 2.260 adolescentes dos Estados Unidos “mostraram uma eficácia de 100% e uma resposta robusta na forma de anticorpos”, afirmaram as empresas em um comunicado.
Os pesquisadores observaram 18 casos de covid-19 entre os 1.129 participantes que receberam um placebo e nenhum entre os 1.131 voluntários que receberam a vacina. Segundo a Pfizer, os efeitos colaterais na faixa etária foram semelhantes aos observados entre os jovens de 16 a 25 anos. São eles dor no local da injeção, fadiga e febre.
A vacina, segundo a empresa, gerou forte resposta imune um mês após a segunda dose, superior ao observado em pessoas com idades entre 16 e 25 anos em estudos anteriores.
Atualmente, a vacinação com imunizante da Pfizer está liberado para jovens acima de 16 anos nos Estados Unidos. Com os dados do estudo divulgado hoje, a empresa vai solicitar à Agência de Alimentos e Drogas (FDA, na sigla em inglês) e à Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) autorização para uso do imunizante na faixa etária agora testada.
A vacina contra o novo coronavírus da Pfizer em parceria com a BionNTech é a única a ter autorização para uso definitivo no Brasil, mas, até o momento nenhuma dose do imunizante foi administrada no País. Nos Estados Unidos, o laboratório tem autorização apenas de uso emergencial.
Vacinação para próximo ano letivo
De acordo com presidente e CEO da Pfizer, Albert Bourla, a empresa buscará a utilização do uso emergencial nos Estados Unidos visando uma vacinação antes do próximo ano letivo, no segundo semestre.
“Compartilhamos a urgência de expandir a autorização de nossa vacina para uso em populações mais jovens e somos encorajados pelos dados de ensaios clínicos de adolescentes com idades entre 12 e 15 anos”, disse Albert Bourla.
“Planejamos enviar esses dados ao FDA como uma emenda proposta à nossa autorização de uso emergencial nas próximas semanas e a outros reguladores em todo o mundo, com a esperança de começar a vacinar essa faixa etária antes do início do próximo ano letivo”, completou.