As instalações de kit-GNV no primeiro trimestre de 2021 cresceram 15% no Brasil e 11% no estado do Rio de Janeiro. O levantamento é da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) a pedido do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Rio de Janeiro (Sindirepa). Só em março, dados preliminares indicam em todo o país uma alta de 19% em relação ao mesmo mês de 2019.

A procura pelo GNV cresceu ainda mais este ano devido ao custo do preço da gasolina. Somente este ano, o combustível teve seis reajustes, acumulando uma alta de 54% nas refinarias. Assim, o Gás Natural Veicular passou a ser alternativa para motoristas. Segundo a Firjan, no Brasil, para cada real gasto com GNV, o motorista roda duas vezes mais em comparação à gasolina e ao etanol. No estado do Rio, essa relação é de 2,5 vezes.

A federação destaca ainda que no Rio de Janeiro o combustível é mais procurado. O estado lidera com 75% do total de veículos que adotam o uso no país. Vice-presidente da Firjan e presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Rio de Janeiro (Sindirepa), Celso Mattos destaca que o GNV agrega outros benefícios além da economia.

“O GNV no Rio é um caso de sucesso, porque não é somente a questão do desconto do IPVA, que o torna mais atrativo. Mas também tem a redução de níveis poluentes para a sociedade”, disse Mattos, citando os benefícios à saúde que a diminuição de poluição traz.

IPVA mais barato

Proprietários de carros movidos a GNV têm desconto no IPVA (Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores) em vários estados. No Rio de Janeiro, o pagamento não é dos 4% da alíquota convencional, mas de 1,5%.

Com o aumento da demanda, Celso Mattos também observa um crescimento na geração de empregos. “Quando há aumento na demanda das instalações, gera novos empregos e, consequentemente, mais receita e renda para o estado. Ou seja, é um ciclo virtuoso”, destaca.

O presidente do Sindirepa alerta que, além do preço, do desconto do imposto e da redução de poluição, o GNV não diminui a potência do veículo. “Na primeira geração, realmente isso acontecia, havia perda de potência. Porém, com as novas tecnologias, o kit de quinta geração já trouxe essa perda de potência a zero”, explicou.

Pandemia afeta produção de cilindros

A pandemia do Coronavírus aumentou a demanda por cilindros de oxigênio nos hospitais, além de elevar o preço do aço, sujeito às variações cambiais. Essa combinação elevou o preço dos cilindros de gás, provocando a escassez na produção dos fornecedores.

“Um fabricante nacional de cilindros detém 85% do mercado. Os outros 15% são atendidos por importados e fabricantes nacionais menores. Nos importadores, que possibilita o equilíbrio do mercado, o preço do frete alfandegário subiu três vezes desde dezembro último, dificultando a importação”, lamenta Mattos. Ele assegura que o crescimento do mercado de GNV poderia ser ainda maior, se não fossem os entraves atuais.

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