Com mais de um milhão de refeições distribuídas desde agosto, nos polos do Rio de Janeiro e Nova Iguaçu, o programa RJ Alimenta, do Governo do Estado, foi ampliado na sexta-feira para Magé, na Baixada Fluminense, e vai chegar a Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, no dia 7 de maio. Uma das beneficiadas é Cláudia Guimarães, que precisou parar de trabalhar por causa da pandemia da Covid-19 e vem se alimentando com ajuda do projeto. Em tratamento contra um câncer, esta foi a maneira que encontrou de manter uma alimentação balanceada para reforçar o sistema imunológico.
– Sem esse projeto, nós não somos nada, estaríamos com fome uma hora dessas. Eu venho almoçar aqui todos os dias há mais de dois meses – agradece ela, que frequenta o polo do projeto na capital. Cerca de 4,5 mil pessoas que recebem, diariamente, alimentação no Rio e Nova Iguaçu.
O RJ Alimenta foi criado numa parceria entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e a Fundação Leão XIII, como mais um instrumento para combater a fome durante a pandemia. O programa foi planejado para ir até fevereiro deste ano, mas, devido à nova onda da crise sanitária, funcionará, pelo menos, até agosto. As refeições (café, almoço e jantar) são servidas para pessoas em situação de rua, catadores de material reciclável, famílias em condições de pobreza e extrema pobreza e trabalhadores informais.
– A fome é a outra face cruel desta pandemia. A preocupação com os mais pobres me acompanha a vida toda, e vamos expandir este projeto – disse o governador em exercício, Cláudio Castro.
Com a expansão para Magé e Campos, o número total de refeições diárias vai passar a ser de 7,5 mil. Ao todo, a meta é atingir 2 milhões de pratos distribuídos até agosto.
– Tenho certeza de que outras parcerias serão realizadas em breve – aposta o secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Bruno Dauaire.
Outra pessoa beneficiada é Roberto Rosa, que vive há 6 anos nas ruas da capital. Entre um bico e outro, conseguia se equilibrar e tocar a vida. A pandemia piorou tudo. Sem muitas opções de serviços diários, a fome se tornou um pesadelo.
– Se não fosse essa turma, a gente não teria o que comer, o que beber. Eles ajudam muita gente, não só os moradores em situação de rua, mas também as famílias dos casarões ocupados aqui pelo Centro do Rio – desabafa ele.
– Prover alimentação é um direito universal, é isso que o Governo do Estado está fazendo por meio do RJ Alimenta. O projeto é fundamental para o momento em que estamos vivendo, de aumento da fome e da pobreza – explica Luiza Trabuco, superintendente de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria de Desenvolvimento Social.