A escalada do preço do asfalto coloca mais pressão sobre os custos de obras de infraestrutura no país e gera nova onda de pedidos de renegociações de contratos entre construtoras e o poder público. Apenas em maio, o aumento no preço do insumo foi de 25%. Em agosto, foram mais 6%.

Essas obras já vinham sofrendo com aumentos nos preços do aço e do cimento, que geraram atrasos em projetos e uma primeira onda de pedidos de reequilíbrio econômico-financeiro de contratos a partir do segundo semestre de 2020.

A CNM (Confederação Nacional dos Municípios) diz que a situação tem gerado grande desajuste nos contratos, já que o asfalto representa 40% do custo de pavimentação e até 70% do custo de manutenção da estrutura viária.

Assim como os combustíveis, o preço do asfalto vem sendo puxado pela recuperação das cotações internacionais do petróleo. Com reajustes trimestrais, o asfalto também segue o conceito de paridade de importação, que simula quanto custaria para trazer o produto do exterior.

No reajuste anunciado no dia 30 de abril, o percentual de 25% surpreendeu o mercado. “Em escala, esse foi o maior aumento dos últimos anos”, diz Felipe Pacheco, superintendente executivo da Abeda (Associação das Empresas Distribuidoras de Asfalto).

De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço do cimento asfáltico mais usado no país subiu 42% nas refinarias desde o início do governo Bolsonaro. 

PREÇO DO ASFALTO SOB BOLSONARO

Cimento asfáltico CAP 50-70 sem impostos

As distribuidoras de asfalto têm olhado o mercado externo como alternativa à Petrobras, única fabricante no país. Atualmente, cerca de 5% do mercado interno é abastecido por produto importado, mas entraves logísticos dificultam as compras no exterior.

Com informações da Folha UOL

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