Em encontro realizado no último sábado (31), a pastora Karla Cordeiro, da Arena Jovem – Nova Friburgo, que é o ministério da juventude da Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, promoveu racismo e LGBTfobia em seu discurso.
Para a religiosa, “é um absurdo pessoas cristãs levantando bandeiras políticas, bandeiras pretas, bandeiras de LGBTQIA+ sei lá quantos símbolos tem isso daí. É uma vergonha!”.
A declaração racista e homofóbica da pastora, que é comum em igrejas evangélicas, faz parte de um culto ao qual ela deu o título de “Falsidade”.
A Arena Jovem foi fundada pela Bispa Lúcia Rodovalho. Anualmente realizam encontro nacional e é considerado um dos maiores espaço de jovens evangélicos do Brasil.
POLÍCIA ABRE INQUÉRITO
A Polícia Civil de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, abriu inquérito contra a pastora após o vídeo viralizar nas redes sociais e receber uma enxurrada de críticas.
O delegado Henrique Pessoa disse que há um “teor claramente racista e homofóbico [no vídeo], o que configura transgressão […] e a pena pode ir de 3 a 5 anos dependendo das qualificadoras”, comentou ao veículo.
Com a repercussão, Kakau veio a público se retratar, afirmando que passou dos limites. “A minha intenção era de afirmar a necessidade de focarmos em Jesus Cristo e reproduzirmos seus ensinamentos, amando os necessitados e os carentes. Principalmente as pessoas que estão sofrendo tanto na pandemia. Fui descuidada na forma que falei e estou aqui pedindo desculpas”, iniciou ela.
“Eu, na verdade, fui infeliz nas palavras escolhidas e quero afirmar que não possuo nenhum tipo de preconceito contra pessoas de outras raças, inclusive meu próprio pastor é negro, e nem contra pessoas com orientações sexuais diferentes da minha, pois sou próxima de várias pessoas que fazem parte do movimento LGBTQIA+”, ressaltou na nota. “Ressalto também que as palavras que utilizei não expressam a opinião do meu pastor, nem da minha igreja”, completou Kakau.
*Com informações do G1