Algumas ações desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) colaboram para diminuir as taxas de evasão escolar. Uma delas está associada ao acompanhamento do Programa Bolsa Família e acontece por meio da Ficha de Comunicação de Aluno Infrequente (Ficai), que tem o objetivo de estabelecer o controle da infrequência e do abandono escolar de crianças e adolescentes. A Ficai é fruto de parceria firmada com o Ministério Público Estadual, os Conselhos Tutelares e a Seduct, como explica o secretário de Educação, Ciência e Tecnologia, professor Marcelo Feres.

“Os gestores das unidades escolares informam a infrequência dos seus alunos para que um professor-articulador faça as intervenções e os contatos com as famílias. Quando não há sucesso nas intervenções, as unidades encaminham os casos ao Departamento de Serviço Social da Seduct, que convoca os pais ou responsáveis, promove visitas domiciliares, encaminha para os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), entre outras medidas, visando ouvir, apoiar, orientar os pais e identificar possíveis necessidades ou demandas, como questões de saúde, violência e/ou alimentação, por exemplo, que possam estar inviabilizando o comparecimento à escola”, explicou Marcelo.

Além das ações de acompanhamento e parceria com o Conselho Tutelar e do Programa Bolsa Família, há, ainda, as ações pedagógicas, que visam potencializar as aprendizagens e, por consequência, diminuir o desinteresse dos alunos e a evasão, como afirmou a diretora pedagógica da Seduct, Tânia Alberto.

“Para os jovens dos anos finais do ensino fundamental, que se encontram em distorção de idade e série, existe a Educação de Jovens e Adultos (EJA) diurna. O Projeto de Recuperação da Aprendizagem, lançado este ano, também busca motivar os alunos para permanecerem estudando apesar da distância imposta pela pandemia do coronavírus. A própria forma de apresentar o conteúdo das séries no Portal do Programa de Aprendizagem Eficiente (PAE), com apostilas bem elaboradas de acordo com a idade, já ajuda o aluno a não se sentir abandonado e consequentemente desistir do estudo”, assegurou Tânia.

O Projeto Estação Educação, que está em fase de implantação, vai motivar e estreitar ainda mais a relação escola-família-aluno. Ele visa promover a equidade entre os alunos, especialmente em tempos de afastamento social, minimizando os impactos da pandemia na rede municipal de educação, e vai contemplar, principalmente, os estudantes excluídos digitalmente, o que também diminui o desinteresse e a evasão.

O projeto envolverá a gravação de videoaulas dos diversos componentes curriculares da Educação Infantil, Ensino Fundamental Anos Iniciais e Finais e EJA. O objetivo é criar um acervo de materiais didático-digitais interativos e dinâmicos, com abordagens metodológicas dialogadas, contextualizadas e problematizadoras, que sirvam como instrumentos potencializadores das aprendizagens sistematizadas e formalizadas nas escolas e para além delas, estando ao alcance de toda comunidade educativa e de todos aqueles que desejarem.

O retorno da distribuição dos kits de alimentação, este ano, também vai contribuir para manter os alunos matriculados e realizando as tarefas designadas pelos professores, já que este é um dos critérios para o recebimento dos gêneros alimentícios por parte da Educação. Cerca de 54 mil kits serão ofertados aos alunos da rede municipal de ensino mensalmente. “Quando os pais vão à escola buscar os kits, recebem junto atividades pedagógicas e mantém contato com professores e gestores, dos quais recebem orientações. Nesse momento, é possível fazer intervenções e estreitar o relacionamento família-escola”, disse o secretário.

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