A avaliação negativa do governo do presidente Jair Bolsonaro manteve-se em trajetória de alta e chegou a 54%, de acordo com pesquisa do instituto Ipespe para a XP Investimentos divulgada nesta terça-feira (17). Essa é a sexta pesquisa seguida que mostra elevação na avaliação negativa do governo.
As avaliações ruins/péssimas cresceram dois pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, de julho. A gestão de Bolsonaro é desaprovada por 63% dos ouvidos, mesmo índice da última pesquisa.
A impressão negativa do governo federal permanece quando a métrica utilizada é a projeção dos próximos meses de gestão. Para 52%, Bolsonaro fará uma gestão ruim ou péssima durante o restante do mandato.
De acordo com a pesquisa, 58% são contra o voto impresso, enquanto o percentual dos favoráveis é de 36% e os que não sabem ou não responderam somam 7%.
As medições têm constatado crescimento periódico da rejeição do presidente, que sobe desde outubro de 2020, quando bateu 31%. Enquanto isso, houve queda nas boas avaliações: os ótimos/bons de julho diminuíram 2%.
“A insatisfação vem acompanhada de uma piora na percepção da direção da economia. O grupo dos que a veem no caminho errado, que vinha diminuindo a partir de abril, cresceu 4 pontos percentuais e chegou a 63%, mesmo patamar registrado em maio”, lê-se em comunicado divulgado pelos idealizadores do levantamento.
A pesquisa também indicou continuidade do favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial do ano que vem. Em uma das simulações, o petista aparece com 40%, Bolsonaro (sem partido) fica com 24%, Ciro Gomes (PDT) tem 10%, o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (sem partido) soma 9%, enquanto o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), têm 4% cada.
O levantamento apontou ainda que 61% dos entrevistados não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum, ao passo que 45% dizem o mesmo a respeito de Lula. Além disso, 23% dizem que com certeza votarão em Bolsonaro, percentual que é de 38% no caso de Lula. Outros 10% dizem que podem votar em Bolsonaro e 17% afirmam que podem votar em Lula.
A pesquisa XP/Ipespe ouviu 1.000 pessoas por telefone entre quarta-feira e sábado. A margem de erro da pesquisa é de 3,2 pontos percentuais.
*Com informações da IstoÉ