Um vídeo em que o pastor Tupirani da Hora Lores faz um discurso racista, machista e homofóbico aos fiéis da Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo, no bairro do Santo Cristo, na Zona Portuária do Rio, está circulando nas redes sociais.
O líder religioso disse durante o culto, que aconteceu em 5 de agosto, que a “igreja não levanta placa de filho da put* negro e veado”.As declarações foram feitas quando Tupirani respondia à pregadora Karla Cordeiro, a Kakau, da Igreja Sara Nossa Terra. Ela, que tornou-se alvo de um inquérito policial por intolerância racial e homofobia, se retratou publicamente por também ter subido no altar e ter feito discurso preconceituoso.
“Quero afirmar que não possuo nenhum tipo de preconceito com pessoas de outras raças, inclusive meu próprio pastor é negro, e nem contra pessoas com orientações sexuais diferentes da minha, pois sou próxima de várias pessoas que fazem parte do movimento LGBTQIA+”, disse em nota, no dia 3 de agosto.
No altar da sua igreja, o pastor questionou o fato de ela ter feito discurso e ter voltado atrás depois que “um babaca de um delegado pressiona”.
“Sabe o que você é, Karla Cordeiro? Você é uma puta, uma prostituta, seu pastor deve ser um veado e a sua igreja toda é uma igreja de prostitutas. Vocês não são evangélicos. Malditos sejam vocês, que a garganta de vocês apodreça por terem ousado tocar no nome de Jesus, raça de put** e piranhas, é isso que vocês são”, iniciou Tupirani.
O religioso ainda disse que a igreja não deve levantar bandeiras sobre questões raciais, políticas e de gênero. “A igreja de Jesus Cristo não levanta placa de filho da puta negro nenhum, não levanta placa de filho da puta de político, não levanta placa de filho da put* de veado. A igreja de Jesus Cristo só levanta a sua própria placa, porr*”, disse o pastor aos berros.
Em março, Tupirani da Hora foi preso durante uma operação da Polícia Federal que tinha o objetivo de combater a prática de racismo contra judeus. A polícia informou que as investigações começaram após a publicação de vídeos, nos quais o pastor, além de alimentar o ódio e a intolerância racial, clamou por um novo holocausto, gerando repercussão internacional. Ele, inclusive, já havia sido preso e condenado pela prática e incitação à discriminação religiosa.
*Com informações de O Dia