A PGR (Procuradoria-Geral da República) abriu duas investigações preliminares para apurar as informações relatadas pela fisiculturista Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada de Jair Bolsonaro (sem partido). Ela é irmã de Ana Cristina Siqueira Valle, segunda mulher de Bolsonaro, e foi funcionária fantasma dos gabinetes da família Bolsonaro por 20 anos, entre 1998 e 2018.

Nas gravações reveladas pela coluna, Andrea contou que devolvia 90% de seu salário. Andrea constou como assessora de Bolsonaro na Câmara dos Deputados entre 1998 e 2006. Ela, porém, sempre morou em Resende, cidade do Sul do Rio de Janeiro, e era conhecida por trabalhar em serviços temporários e faxinas.

Andrea também contou que um irmão dela foi exonerado por Bolsonaro por se recusar a entregar a maior parte do salário quando era assessor do então deputado federal. O material foi todo disponibilizado no O Diário do Noroeste, pela UOL.

“O André deu muito problema porque ele nunca devolveu o dinheiro certo que tinha que ser devolvido, entendeu? Tinha que devolver R$ 6.000, ele devolvia R$ 2.000, R$ 3.000. Foi um tempão assim até que o Jair pegou e falou: ‘Chega. Pode tirar ele porque ele nunca me devolve o dinheiro certo’.

Em outra gravação, a ex-cunhada do presidente diz que um coronel da reserva do Exército, ex-colega do presidente na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), atuou no recolhimento de salários dela , no período em que constava como assessora do antigo gabinete de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).

Segundo a PGR, os fatos relatados nas gravações são “objeto de duas notícias de fato (investigações preliminares) “. Uma dessas apurações tramita na PGR (Procuradoria-Geral da República ) e a outra na PRDF (Procuradoria da República no Distrito Federal). O caso que tramita na PGR está em andamento na Assessoria Criminal. A PGR, porém, não esclareceu o motivo da abertura de dois procedimentos diferentes.

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