Um documento obtido pelo UOL mostra que o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) deu à SES (Secretaria de Estado de Saúde) o prazo de 15 dias para explicar a oferta de leitos na rede pública de saúde.

O ofício chegou à mesa da SES na segunda-feira (16). Nele, a promotora Cristiana Benites, da 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Saúde da Capital, pede que o secretário de Saúde, Alexandre Chieppe, informe:

  • Quantos pacientes aguardam na fila atendimento para covid-19 (enfermaria e UTI)
  • Quais medidas o estado tomará para abrir mais leitos, diante da maior procura por internações

O MP-RJ explica que o pedido acontece diante do avanço da delta no Rio de Janeiro e do aumento da procura por leitos para tratamento da covid-19.

O objetivo principal, de acordo com a promotoria, é “monitorar o acesso da população aos leitos”. Caso o MP-RJ entenda que há risco de colapso da rede pública estadual de saúde, pode haver “medidas judiciais cabíveis” contra o governo do estado.

MUNICÍPIOS COM UTIS LOTADAS

O estado do Rio de Janeiro tem hoje ao menos oito municípios com ocupação máxima nos leitos de UTI para tratamento da covid-19. Em toda a rede pública estadual, a taxa de ocupação desse tipo de leito é de 72%. A ocupação de leitos de enfermaria para covid é de 48%.

Os outros municípios do estado com ocupação máxima nas UTIs de covid são: Itaguaí (5 leitos ocupados), Bom Jesus Do Itabapoana (65), Cantagalo (10), Itaperuna (10), Miracema (6) e Teresópolis (29).

Belford Roxo, na Baixada Fluminense, é o município que mais recentemente atingiu 100% da ocupação — o município tem nove leitos de UTI para covid. Na atualização de domingo (15), apenas três estavam ocupados, mas passados quatro dias não há mais leitos disponíveis. A ocupação na enfermaria é de 11%

Guapimirim, que atualizou seus dados, dobrou o número de internados graves com a doença: de 5 para 10, também chegando a 100% de ocupação na UTI.

A cidade do Rio de Janeiro mantém 95% dos seus leitos de UTI da rede municipal ocupados. Nova Friburgo conseguiu diminuir o número de internações: caiu de 100% para 95% na ocupação de pacientes graves. As informações são do Painel de Monitoramento estadual.

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