O duelo entre Brasil e Argentina, que foi suspenso pelo árbitro da partida após interrupção da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), saiu do campo esportivo e alcançou a esfera política. De acordo com o diário Clarín, da Argentina, o presidente Jair Bolsonaro tentou reiniciar a partida após entrar em contato com a CBF.

O veículo informa que, assustado com o que viu na Neo Química Arena, em São Paulo, Bolsonaro teria entrado em contato com a Confederação Brasileira de Futebol para garantir que Emiliano Martínez, Romero, Emiliano Buendia e Giovani Lo Celso, acusados pelo órgão sanitário de descumprirem normas do país, não teriam problemas futuros e poderiam voltar à campo para o clássico.

A tentativa foi frustrada, já que seu apelo veio quando os jogadores argentinos já se encontravam nos vestiários, com o jogo suspenso , e a comunicação com o grupo não foi bem sucedida.

Brasil e Argentina jogaram apenas seis minutos em São Paulo antes da invasão de agentes da Anvisa e da Polícia Federal. A partida foi suspensa pelo árbitro Jesus Valenzuela e confirmada pela Conmebol através das redes sociais.

CPI DA COVID

A CPI da Covid pretende protocolar amanhã um pedido de informações sobre quem autorizou os jogadores argentinos a entrar em campo hoje. Segundo o vice-presidente da Comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), se não obtiver as informações, a CPI estuda convocar CBF ou Anvisa.

“Vamos enviar requerimento à CBF, através da CPI da Pandemia, solicitando resposta para o seguinte: Com quais autoridades o Governo Brasileiro fez ‘acordo’ para burlar as regras sanitárias da Anvisa?”, escreveu o senador no Twitter.

“Foi dito por vários interlocutores, inclusive pela Conmebol, que havia um ‘acordo’ para com as autoridades do governo brasileiro para a participação dos quatro jogadores que foram identificados pela Anvisa burlando as normas sanitárias do nosso país”, disse Randolfe Rodrigues em entrevista à GloboNews.

A CPI apura ações e eventuais omissões do governo federal no combate à pandemia de covid-19 no país. Os trabalhos estão previstos para encerrarem até o fim de setembro.

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