Assim que ouviu os tiros, a professora de Inglês Elaine Cristina Machado, 49, correu para a rua onde morava. É que o filho dela, de 12 anos, estava em um churrasco com o pai, e a mãe ficou com medo que ele pudesse ser atingido por uma bala perdida. 

Quando chegou ao local, ela acabou encontrando com o assassino e atingida no peito e nas costas, morrendo na frente do terreno onde o churrasco acontecia. 

Elaine é uma das nove vítimas atingidas por um atirador no final da tarde do último sábado. Cinco pessoas morreram e quatro ficaram feridas pelo atirador que chegou ao local em um carro preto, já disparando contra o grupo que fazia churrasco. O filho de Elaine tinha ido ao local com o pai, um serralheiro, que também foi baleado. A criança, “por sorte”, não estava no local no momento dos tiros. 

“Pelo que a gente ouviu falar, ela ouviu o tiro e, como o filho estava na rua, desceu para ver. Quando ela chegou lá, aconteceu essa tragédia. Proteção de mãe mesmo”, contou um fotógrafo, de 33 anos, parente da vítima. Ele preferiu não se identificar. 

Elaine iria começar a trabalhar em uma nova escola nas próximas semanas e estava muito animada. 

“Ela estava toda feliz. Era uma pessoa bem tranquila, muito alegre, sempre falando coisas boas das pessoas. Só saía para ir à igreja e levar o filho para jogar futebol”, declarou o parente. A professora deixou quatro filhos.

Além dela, outras três pessoas morreram no local: o motorista e líder comunitário José Querino Filho, de 59 anos; o aposentado Claudionor Liberato, de 59 anos, e José Roberto, de 59 anos. O feirante Felipe dos Santos, de 31 anos, chegou a ser levado para o hospital, mas morreu logo após dar entrada na unidade.

Quatro homens ficaram baleados: o primeiro foi encontrado num matagal próximo ao local do churrasco e socorrido pelo Samu. Já o segundo, de 41 anos, precisou ser levado para o centro cirúrgico. Outra vítima de 38 anos, teve duas perfurações pelo corpo. O serralheiro, ex-marido de Elaine, também está na lista dos feridos. 

A polícia está investigando a motivação para o crime. A hipótese inicial é que o ataque tenha sido encomendado por causa de uma briga por um terreno.

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