Apenas 19 cidades do Brasil já adequaram suas legislações às necessidades do 5G. Apesar de exigir quantidade maior de antenas, a tecnologia usa equipamentos menores que as atuais. A nova geração da internet móvel começou a ser definida nesta quinta-feira (04), quando aconteceu o leilão do 5G, uma tecnologia que promete uma revolução: conexão com velocidade ultrarrápida, avanços de tecnologias como carros que dirigem sozinhos e a possibilidade de ligar muitos objetos à internet ao mesmo tempo.
Mas a implementação do sistema pode esbarrar na burocracia e excesso de regras para a instalação de antenas. O 5G, diferentemente das gerações anteriores, vai precisar de uma quantidade maior de equipamentos. Porém, em boa parte, eles serão bem menores que os atuais. “Hoje, a tecnologia evoluiu, as antenas são menores que um aparelho de ar condicionado e um pouco maiores que caixas de sapatos”, disse Luciano Stutz, presidente do movimento Antene-se. Dessa forma, segundo ele, as antenas podem ser colocadas na fachada de prédios, como um receptor de TV a cabo.
O problema é que as regras que existem hoje na maioria das cidades pensam em antenas como equipamentos muito grandes e, por isso, impõem restrições. Em algumas capitais, as antenas ocupam grandes terrenos, devem ser cercadas com grades e com distância de casas e ruas.
A quantidade e o tamanho das antenas devem variar, levando em conta cada cidade. “O 5G no seu máximo de potencial não vai ser uma tecnologia que deve ser difundida em todo o país. Então você dificilmente deve ter um problema de instalação de infraestrutura em grande parte das cidades. Municípios com menor densidade geográfica e populacional não vão precisar de tantas antenas”, afirmou Fernando Sakon, gerente de projetos da LCA Consultores.
Quais cidades já podem receber as antenas 5G
Só 19 cidades do Brasil já adequaram suas legislações às necessidades do 5G: Brasília (DF), Londrina (PR), Campos de Goytacazes (RJ), Volta Redonda (RJ), Petrópolis (RJ), Itaperuna (RJ), Duas Barras (RJ), Rio das Flores (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Nova Friburgo (RJ), Porto Alegre (RS), São Caetano do Sul (SP), Santo André (SP), Ribeirão Preto (SP), Suzano (SP), Jaguariúna (SP), Santa Rita do Sapucaí (SP), São João da Barra (RJ), Cardoso Moreira (RJ).
Petrópolis (RJ), Serra Negra (SP), Florianópolis (SC), Cachoeiras (SP), Socorro (SP), Holambra (SP), Teresópolis (RJ), Cachoeira de Macabu (RJ) já estão com os textos reformulados aguardando sanção.