O deputado federal Christino Áureo (PP-RJ) se reuniu, nesta quarta-feira (17),  com representantes do setor cafeeiro fluminense e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em Brasília, para discutir pontos que preocupam os cafeicultores em relação à consulta pública que está sendo realizada, com vistas a editar um normativo para sistemas de controle da qualidade do café torrado, moído e comercializado.  
 A reunião aconteceu de forma presencial/virtual e foi uma solicitação da Associação de Cafeicultores do Estado do Rio de Janeiro (ASCARJ).
Participaram do encontro o Secretário de Defesa Agropecuária do MAPA, José Guilherme Leal; o Diretor Glauco Bertoldo; o Coordenador-Geral do Ministério, Hugo Caruso e a Superintendente Federal de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro, Stella Romanos, além dos representantes da ASCARJ, o presidente Moacyr Carvalho Filho; a vice-presidente Laura Tassinari; o vice-presidente José Ferreira Pinto e o Superintendente Daniel Mac Mahon Bastos.
Representante de cerca de 3 mil cafeicultores do Estado, a ASCARJ teme que as modificações na legislação possam inviabilizar os produtores de comercializarem seu produto industrializado, o que qualifica o produto e remunera melhor essas famílias.
Para o Ministério da Agricultura, as sugestões trazidas permitirão fazer uma diferenciação clara entre os produtores oriundos da agroindústria de base familiar e os demais, o que se refletirá em menores custos para que essas agroindústrias cumpram as normas. Garantindo assim, apoio a esse segmento, que precisa ser expandido, especialmente no Estado do Rio, onde 93% das propriedades têm menos de 100 hectares, sendo que mais de 50% disso tem até 10 hectares.
Sempre lutando pelo setor cafeeiro, Christino Áureo destaca que sua ligação com a cafeicultura do Estado do Rio de Janeiro é de longa data.
– Há mais de 20 anos venho acompanhando o setor, tendo participado diretamente da criação da ASCARJ na virada dos anos 90 para 2000 e pude não só realizar esse encontro, como também vou acompanhar a sua evolução. O objetivo é buscar um entendimento e uma solução que proteja os cafeicultores e que possa separar esse segmento daqueles que praticam fraudes, que prejudicam o consumidor e que levam a má qualidade do produto – lembra o deputado.
A Superintendente de Agricultura do MAPA no Rio de Janeiro, Stella Romanos, ressalta que o Noroeste Fluminense é responsável por 80% da produção cafeeira no Estado, seguido da região Serrana, que produz 19% do café e do Vale do Café, que produz 1%.
– A característica principal dos produtores do Noroeste é que são base da Agricultura Familiar, e grande parte tem uma pequena torra em suas propriedades, motivo pelo qual a preocupação com a referida Portaria. A ação do deputado federal Christino Áureo busca uma diferenciação na Portaria para esses produtores –  afirma a Superintendente de Agricultura do Estado.
Em Varre-Sai, no Noroeste Fluminense, o município que mais produz café no Estado do Rio de Janeiro possui 600 produtores e muitos deles comercializam seus produtos já industrializados, em pequenas torrefações.
Para o técnico do MAPA e vice-presidente da ASCARJ, José Ferreira Pinto, a preocupação dos representantes do setor cafeeiro é não conseguir cumprir todos os itens do regulamento técnico.
– A reunião foi muito produtiva. O Secretário de Defesa Agropecuária do MAPA, José Guilherme, ficou sensibilizado com a preocupação da ASCARJ, no sentido de que os produtores que comercializam seus cafés industrializados não terem meios para cumprir todos os itens do regulamento técnico. O secretário deixou claro que nenhum produtor e pequenas torrefações serão prejudicados com as novas exigências do regulamento técnico para o café torrado. Temos muito a agradecer ao deputado federal Christino Áureo que, sempre esteve defendendo os interesses do setor cafeeiro do Estado e viabilizou esta reunião tão importante, junto ao Ministério da Agricultura, em Brasília – conclui José Ferreira.

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