Um ciclone vai se formar na costa brasileira e tende a percorrer uma trajetória atípica no Atlântico Sul. O sistema deverá ser responsável ainda por chuva excessiva com uma condição perigosa para inundações em alguns estados. Será o principal fenômeno meteorológico a influenciar o tempo no Brasil nesta semana. Um centro de baixa pressão começa a se aprofundar na costa do Rio de Janeiro na terça-feira (07/12) e na sequência deve mover-se para Sul pelo Oceano Atlântico.
Modelos numéricos divergem sobre a trajetória, entretanto os mais confiáveis projetam que à medida que o sistema avança para o Sul em mar aberto tende a gradualmente a mover-se para Oeste, em direção à costa do Sul do Brasil.
Esse movimento seria forçado pela presença de um centro de alta pressão sobre o Atlântico no litoral da Argentina e que forçaria a área de baixa pressão a rumar para Oeste.
Há situações incomuns porque ciclones não costumam se formar na costa do Sudeste. A maioria dos ciclones costuma se originar no litoral da Argentina e junto ao Uruguai, logo em latitudes muito mais meridionais.
Às vezes, os ciclones se formam no litoral do Rio Grande do Sul e depois rumam para Leste ou Sul. Outro aspecto incomum é a tendência apresentada pelos modelos de o sistema começar uma trajetória para Oeste, aproximando-se da costa do Sul do Brasil no final da semana.
Muita chuva na Região Sudeste
Quando se pensa em ciclone, logo se associa vento. O sistema desta semana não deverá ser um grande produtor de vento forte, exceto no oceano, mas oferece perigo no continente e grave risco meteorológico em algumas áreas. A maior preocupação concentra-se no Sudeste do Brasil. A área de baixa pressão que vai dar origem ao ciclone no mar deve trazer chuva localmente forte entre parte de São Paulo, Rio de Janeiro e o Sul de Minas Gerais nesta segunda-feira (06/12). Os acumulados em alguns pontos podem superar 50 mm com risco de temporais e alagamentos.