O superintendente regional do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Jorge Ronaldo Paes Leme, esteve nesta quarta-feira (1º), na Câmara Municipal de Macaé. Ele falou das ações do órgão para proteger o meio ambiente na cidade e anunciou um projeto de recuperação de 32 hectares ao longo das margens do Rio Macaé.

De acordo com Paes Leme, o projeto do Rio Macaé é o início de um grande trabalho de preservação das águas na cidade. “Começaremos ainda este ano e já poderemos colher os frutos em 2030”, comemorou. A limpeza de córregos, canais e rios, o assoreamento e a construção de estradas que cortam os cursos d’águas, sobretudo na Região Serrana, também foram debatidos.

Responsáveis por orientar e fiscalizar os municípios de Macaé, Rio das Ostras, Casimiro de Abreu, Carapebus e Conceição de Macabu, os técnicos do Inea na cidade formarão um grupo de trabalho com representantes do Legislativo e Executivo – secretarias de Ambiente, Serviços Públicos, Obras e afins – para mapear as principais demandas em busca de resoluções conjuntas.

Na Câmara, devem participar do grupo de trabalho os integrantes da Comissão de Meio Ambiente, Proteção dos Animais e Saneamento Básico: Rafael Amorim (presidente), Professor Michel (relator) e Edson Chiquini (titular), além da vereadora Iza Vicente (Rede), coautora do projeto de lei da Coleta Seletiva em parceria com Amorim. A sugestão partiu da Superintendência Regional do Inea.

Saneamento completo é a solução

Segundo Jorge Ronaldo, as termelétricas que se instalarão na cidade nos próximos anos vão utilizar muita água. Mas para garantir que não faltem recursos hídricos é preciso que toda a água utilizada seja devolvida para a natureza. “Isso é fundamental para evitarmos a escassez e a estagnação econômica, diante do crescimento da indústria e da população. Por isso precisamos de saneamento em toda a cidade e tratamento adequado da água, o que refletirá também na drástica redução de doenças e demandas hospitalares”.

Lagoa de Imboassica

Um dos questionamentos feitos ao Inea foi sobre a fiscalização da pesca e da abertura do canal extravasor na Lagoa de Imboassica. Ronaldo informou que está autorizado o escoamento via canal uma vez a cada 30 dias. Já sobre a pesca, ele disse ter sido sugerida pelo Inea ao Executivo local a elaboração de um decreto municipal proibindo a circulação de embarcações com motor, assim como a pesca de arrasto e com rede de espera, nos moldes do decreto estadual em vigor.
“Esses tipos de redes são prejudiciais para a fauna marinha, matam tartarugas, golfinhos e outras espécies, além de prejudicar o pescador artesanal, que sobrevive da pesca, e causar uma série de acidentes, inclusive com embarcações”, advertiu o superintendente, acrescentando que esse ordenamento é competência do município.

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