Pesquisadores da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) receberam denúncias sobre a prática ilegal de garimpo no rio Muriaé. Os técnicos estiveram em Italva e recolheram amostras para investigar se há presença de mercúrio nas águas. Os resultados em laboratório devem ser concluídos em até três semanas. De acordo com pesquisadores da UENF, o denunciante mora no entorno do rio Muriaé, perto de Italva. Ele informou que já fez denúncias formais, mas o problema continua sem solução.

De acordo com o biólogo e doutor em ecologia e recursos naturais Inácio Abreu Pestana, o material de estudo foi recolhido no sedimento de fundo do rio, na água e plantas aquáticas. Se a presença do material for confirmada, os pesquisadores pretendem encaminhar os dados técnicos oficiais para investigação por órgãos ambientais. 

A pesquisa é do laboratório de Ciências Ambientais da Uenf, coordenada pelo professor Carlos Resende. “Recebemos denúncias de moradores após reportagem do Jornal Terceira Via que abordou a mineração irregular no Paraíba do Sul. A fonte relatou que a prática também acontece no Muriaé. Segundo eles, a balsa está presente desde julho no mesmo local. Os mineradores ilegais mergulham e possuem todo aparato para mineração. Há indícios de que eles utilizam mercúrio para identificar ouro na lama”, conta o pesquisador.

A Polícia Federal tem uma investigação sobre o crime em andamento. Na mais recente operação que aconteceu entre os municípios de São Fidélis e Cambuci no Rio Paraíba do Sul, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão. Quatro balsas foram localizadas. Fonte Terceira Via 

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