A restrição de atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guarus já dura mais de 48 horas. O corpo clínico da unidade hospitalar paralisou os atendimentos à 0h de terça-feira (07), com atendimento somente a casos de emergência.

Os profissionais ainda não receberam os salários de outubro e novembro e já trabalham dezembro temendo “calote” da Organização Social (OS) Instituto Lagos Rio, empresa terceirizada responsável pelo repasse, que deverá deixar de prestar o serviço no próximo ano.

A secretaria estadual de Saúde (SES) segue sem reconhecer a paralisação. Também, havia informado que faria na quarta-feira (08) o repasse dos meses de novembro e dezembro para a OS Instituto Lagos Rio. O Sindicato dos Médicos de Campos (Simec), que acompanha o caso, informa nesta quinta-feira (09), que até o momento, não conseguiu estabelecer contato com a SES e com o Instituto dos Lagos.

Na última paralisação do corpo clínico da UPA, mais de 40 profissionais, em 28 de outubro para receber o salário de setembro, o depósito foi efetivado em cinco horas após restrição dos atendimentos.

Segundo os médicos, em outubro, representantes da OS fizeram a promessa de que pagariam os dois meses atrasados (outubro e novembro) até o dia 5 de dezembro e não cumpriram.

“Então, nos organizamos e decidimos fazer a paralisação até o pagamento ser posto em dia. Eles quebraram o acordo. Paralisamos o atendimento ambulatorial de rotina, mas estamos atendendo, obviamente, emergência e urgência, até a regularização do pagamento”, chegou a dizer Thiago Rocha, médico plantonista da emergência da UPA, na quarta-feira (08).Os profissionais temem ainda que a situação não seja regularizada: “Até porque a empresa terceirizada pelo Estado, responsável pelo pagamento do nosso salário, existe a previsão de não voltar mais a partir do ano que vem. Estamos antecipando um calote que está por vir. Temos a informação de que o Estado já fez repasse para a OS e ela não repassou. Queremos apenas a regularização do salário”, completou o profissional junto com os seus companheiros que estão no plantão.

Eles afirmam que podem abrir uma mesa de negociação diretamente com o secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe.

Em notas anteriores, a pasta chegou a informar: “O pagamento estava pendente porque a OS não havia apresentado documentação que precisa ser repassada à SES a cada faturamento, conforme previsto em lei. O valor será creditado na conta da organização até o fim desta semana, devido ao fluxo bancário”

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