Seguindo a alta acumulada da inflação nos últimos 12 meses, o segmento de medicamentos pode sofrer reajuste de até 12%, em média, destaca nesta quarta-feira (16/3). O anúncio do percentual será feito no final de março. Os novos preços dos remédios passarão a valer a partir de 1º de abril.
Essa definição é de responsabilidade da Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos (CMED), órgão interministerial vinculado à Agência Nacional de Vigilância sanitária (Anvisa). Se confirmado, será o maior reajuste em dez anos no país.
O reajuste leva em conta também, segundo a atual legislação, outros indicadores do setor.
Cerca de 10 mil medicamentos estão na lista oficial. E a atualização dos valores é feita anualmente. No ano passado, o reajuste ficou em 9%, em média, com máxima de 10,08%.
Mas o aumento não é linear. Ele poderá variar de um item para o outro. Os de baixa concorrência tendem a ter reajuste menor, pois a CMED atua para coibir abuso de preço. E os de alta concorrência, como os genéricos, podem sofrer maior alteração, por terem mais liberdade de regulação no mercado. Então, de maneira geral, a variação poderá ser de 2% a 20% .