Empresários do Noroeste Fluminense e executivos da Enel se reuniram nesta segunda-feira (20/06) para discutir os problemas e soluções para o fornecimento de energia na região. A concessionária apresentou a proposta da formação de um consórcio, a fim de viabilizar o aumento de carga de forma mais econômica para as indústrias locais.
“Todos nós sabemos que esse problema remonta há anos e tornou-se insustentável, impactando a produtividade e a competitividade das indústrias de nossa região. Sendo assim, a expectativa de todos aqui é que possamos sair da reunião com a certeza de que estamos no caminho certo para solucionar efetivamente esse problema”, ressaltou José Magno Hoffmann, presidente da Firjan Noroeste Fluminense, na abertura do encontro virtual.
Guilherme Brasil, responsável pela área de Relações Institucionais da Enel em Brasília, afirmou que a empresa tem conhecimento dos problemas de qualidade, variação e disponibilidade de energia que impactam a linha de produção das indústrias da região. “As conexões de clientes para novas cargas têm um custo, parte dele é pago pelas empresas e parte pela concessionária. Mas se o projeto for realizado através de um consórcio, o custo cai bastante”, alertou.
O consórcio foi proposto inicialmente pela Enel no fim de 2021 para seis clientes em potencial, que fariam a composição para reduzir a participação financeira como um todo. “Quanto maior a demanda, menor a participação financeira das indústrias. O custo total, em um orçamento preliminar, seria de R$ 10,9 milhões, sendo que a distribuidora arcaria com R$ 6,8 milhões e os clientes, com R$ 4,1 milhões”, explicou Bruno Ramos, da área de Planejamento Técnico da Enel no Noroeste.
Brasil esclareceu que existe a possibilidade também do governo estadual aportar recursos do Fundo Orçamentário Temporário (FOT) para a realização das obras. Essa discussão foi levantada em reunião na Assembleia Legislativa (Alerj), na semana passada.
Outro passo importante para a qualidade da energia industrial é um diagnóstico energético. A Enel sugeriu que as empresas peçam o serviço, para que sejam detectadas as melhorias que precisam ser feitas.
Fonte: Firjan