Um dos mais jovens deputados já eleitos para Alerj – marca de 2010, quando tinha 23 anos – Thiago Pampolha encerra agora seu terceiro mandato seguido para compor a chapa ao governo do Rio como vice de Claudio Castro. Nos últimos anos, Pampolha mudou do PDT para o União Brasil, teve atuação parlamentar com foco na defesa da agenda da educação e juventude, e foi secretário estadual de Meio Ambiente e de Esportes. Nesse tempo, também acumulou acusações, como denúncia de abuso de poder econômico eleitoral, acusação de compra de votos e envolvimento numa investigação sobre funcionário fantasma na secretaria de Esportes. Entretanto, ele não possui condenações e sua candidatura foi deferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Nascido na Zona Oeste do Rio, Pampolha tem base eleitoral destacada em Realengo e Bangu. Justamente nesses bairros ficavam postos de gasolina dos quais Pampolha era sócio, o que motivou a denúncia de abuso de poder econômico nas eleições de 2010. Naquela campanha, a Procuradoria Regional Eleitoral o acusou de ter criado um programa de milhagens, para clientes dos postos, o que violava as regras eleitorais. Nos estabelecimentos, ainda foram encontrados santinhos seus e do então governador Sergio Cabral.
A proximidade com a família Cabral era notória, tanto que em 2015 Pampolha foi autor do projeto que concedeu a Medalha Tiradentes, maior honraria da Alerj, a Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador e que também já foi secretário e deputado. Dois anos depois, Pampolha foi nomeado por Pezão como secretário de Esporte, Lazer e Juventude, seu primeiro cargo de primeiro escalão da administração pública, sucedendo justamente Marco Antonio Cabral no cargo.
Após deixar a secretaria, Pampolha foi citado em uma investigação do Ministério Público do Rio, que apurava a presença de funcionários fantasmas na pasta. O então ex-secretário teria sido responsável pela indicação de um desses funcionários, que seria seu motorista. Como defesa, Pampolha disse que, durante sua gestão, o ex-funcionário não prestava serviços pessoais a ele, e que ele foi mantido nos quadros por decisão do seu sucessor, Felipe Bornier.
Mas Pampolha voltou a ser envolvido em acusações de funcionários fantasmas no início de 2020, quando a TV Globo revelou que pessoas nomeadas em diversos gabinetes da Alerj, dentre eles o de Pampolha, não apareciam para trabalhar, o que gerou uma sindicância interna da assembleia.
Nas eleições de 2014, Pampolha também se envolveu numa investigação de compra de votos. Ele foi denunciado pela Procuradoria Regional Eleitoral, mas foi inocentado. No início da gestão de Claudio Castro, pela necessidade de apaziguar a bancada governista, Pampolha foi nomeado secretário de Meio Ambiente.
O então deputado presidia a Comissão de Meio Ambiente da Alerj, além de também já ter presidido a de Defesa dos Animais. Na secretaria, Pampolha participou do projeto de construção de um Bioparque no Sistema Lagunar da Barra, o que foi anunciado por Claudio Castro no ano passado, mas não saiu do papel.
Fonte: Extra.