Seguindo a Lei Eleitoral, foram convidados os candidatos de partidos com representação no Congresso Nacional de, no mínimo, cinco parlamentares, e sem impedimento na Justiça, seja Eleitoral ou comum.

O debate foi dividido em quatro blocos. O primeiro e o terceiro tiveram temas livres; no segundo e no quarto, os temas foram determinados. Depois, os candidatos fizeram as considerações finais.

Corrupção foi assunto recorrente
“É muito importante imaginar que de um lado está a continuidade de um projeto que tem cinco governadores presos”, afirmou Freixo. O deputado lembrou ainda do episódio da mochila e da delação contra Castro.

Paulo Ganime falou de “escândalos de uso absurdo do dinheiro público”. “Dinheiro de quem paga imposto para alimentar esquema de funcionário fantasma no Ceperj e na Uerj, o que é uma vergonha”, disse.

Castro se defendeu: “Estou processando todos os delatores para que eles apresentem as provas, isso tem três anos e ninguém apresenta a prova”, disse. “Eu não sou réu, não tem uma denúncia contra mim.”

Desemprego
Neves voltou a falar de sua proposta de criar “frentes de trabalho” para combater o desemprego.

“O Rio de Janeiro perdeu nos últimos anos mais de 30% de presença no PIB brasileiro. O Rio de Janeiro perdeu 700 mil empregos com carteira assinada nos últimos anos. A nossa indústria pesqueira foi toda para Santa Catarina. A nossa indústria farmacêutica está indo para Goiás, a nossa indústria do audiovisual está indo para São Paulo. A nossa indústria naval virou pó”, descreveu.

Castro pontuou que “a Amazon e o Magazine Luiza já vieram para cá”. “A gente tem conseguido fazer uma política de redução da carga tributária, diminuindo imposto e também qualificando através das nossas Faetecs. A gente tem conseguido voltar a gerar emprego”, afirmou.

Freixo disse apostar na economia criativa. “Eu vou aumentar o salário mínimo regional para gerar riqueza e emprego”, disse.

Transportes
Rodrigo Neves perguntou a Cláudio Castro sobre “a situação caótica do transporte do Rio”.

“As pessoas estão sofrendo muito, seja com a Supervia, seja com as barcas, seja com o metrô. Por que que as coisas não estão andando no sistema de transporte?”, indagou.

O governador afirmou ter “travado uma grande batalha”, com a Supervia.

“Esse concessionário no Japão é considerado o melhor do mundo e que aqui, por causa de uma concessão feita há mais de 15 anos, é uma concessão que realmente vem se arrastando”, pontuou.

“Já começaram os investimentos na manutenção e na operação, com aterramento de cabos, e a gente precisa sim continuar evoluindo”, disse.

Segurança pública
Freixo afirmou que “segurança pública são dois braços: um é a polícia bem treinada, equipada e valorizada, para botar bandido na cadeia; o outro é investimento social nas áreas pobres”.

Paulo Ganime disse que vai “valorizar os nossos heróis, nossos pensionistas, nossos veteranos, garantindo a paridade, integralidade, coisa que o governador não garantiu”.

Considerações finais
Paulo Ganime: “Eleitor, essa reta final, momento decisivo para você escolher o seu voto. Eu nasci com deficiência física, mas não com deficiência de moral, de caráter, que a gente vê aqui hoje em vários desses candidatos. Eu quero muito mudar o Rio de Janeiro. Eu quero ter a chance que a minha família me deu quando eu nasci, com saúde, educação de qualidade. Eu pude fazer duas faculdades. Eu trabalhei 15 anos em grandes empresas, gerenciei equipes no mundo todo. Fui eleito três vezes seguidas o melhor deputado federal do Rio de Janeiro. Eu quero trazer essa experiência de gestão, experiência como deputado federal, que entende da política e sabe entregar resultado para o governo do Rio de Janeiro, com muito caráter, competência técnica, colocando as pessoas certas nos lugares certos. Eu quero que você retome a confiança não só no seu governador, mas nos seus secretários. Confiança no estado do Rio de Janeiro, no serviço público do estado. E você servidor público, volte a confiar, saber que tem um governador que vai te respeitar, que vai te valorizar, que vai garantir condições de trabalho adequadas para você trabalhar e prestar bons serviços públicos para o Rio de Janeiro, para a população tão sofrida no nosso estado. Eu estou cansado de ver tanta promessa e tantas histórias mentirosas desses que estão governando o Rio de Janeiro nas últimas décadas. Todos que estão aqui estão ligados de alguma forma a esses grupos políticos. Eles defendem presos, já foram presos ou estão ligados diretamente com presos ou até mesmo vão ser presos muito em breve. A gente pode mudar isso. Eu quero a retomada do Rio de Janeiro. Eu quero que você confie em mim e a gente confie que o Rio de Janeiro pode ter uma história diferente. Vote 30, Paulo Ganime, governador.

Marcelo Freixo: Obrigado, Ana, agradecendo a TV Globo pelo debate, aos demais candidatos, quero agradecer fundamentalmente a você, que está em casa até esta hora, assistindo esse debate para decidir o seu voto. Quero agradecer a minha família — sem ela, eu não estaria aqui até agora. A minha mulher, Antonia, aos meus filhos, João, Izadora, aos filhos que a vida me deu, o Lourenço e Iolanda, agradecer meu irmão, Guilherme, e a minha mãe, essa figura tão extraordinária, Dona Lenice, que foi minha primeira aluna. Uma pessoa que eu fui ajudar a voltar para a escola e educar — é um gesto de amor. E é assim que eu quero governar o Rio, com um gesto de amor, de cuidado às pessoas. Quero agradecer ao meu vice, Cesar Maia, uma pessoa honrada que deve ser tratada com respeito depois de tudo que fez no Rio de Janeiro. Quero agradecer ao presidente Lula a confiança de me apoiar no Rio de Janeiro e saber que a gente vai ganhar a eleição do Rio para governar junto com você, Lula, e colocar esse Brasil de pé. E quero a você, que está assistindo até essa hora, lembrar de uma frase que eu já disse aqui: vale a pena ser honesto. Na hora de votar, na hora de votar no 40 para governador, pense nisso. Vale a pena ser honesto. E vote com consciência também para os deputados estaduais e para os deputados federais. Não desperdice seu voto. Vote com esperança. Na hora de votar, pense no seu filho, pense numa pessoa que você ama para que esse Rio de Janeiro possa ficar melhor. Vale a pena ser honesto, e é isso que tem que conduzir a vida da gente. A minha vida foi marcada por trabalho e honestidade. Quem trabalha e é honesto tem que crescer na vida. E é para isso que eu peço seu voto no 40.

Rodrigo Neves: Olha, Ana Paula, eu queria agradecer a você pela mediação do debate, especialmente a todos vocês que estão nos assistindo. No domingo é eleição para governador, gente. O Rio, vive a pior crise da sua história. As famílias estão sofrendo com o desemprego, com descaso com a saúde, com abandono da educação, com a insegurança nas ruas e até com a fome. O Cláudio Castro, na sua propaganda, vem dizendo que a vida está melhorando, mas você aí em casa sabe que nunca foi tão difícil, tão duro sobreviver e viver no estado do Rio de Janeiro. A necessidade de mudança é urgente, meus amigos e amigas. Mas mudar com o Freixo, que nunca teve qualquer tipo de experiência administrativa, é um risco que o Rio de Janeiro não pode correr. Eu sou um homem realizado, eu sou casado há mais de 27 anos com a minha esposa, a Fernanda; tenho três filhos, e Deus concedeu uma bênção na minha vida, que é a Manuela, minha netinha. Eu quero dizer a vocês que aos 36 anos eu fui eleito prefeito da minha cidade, que sofria uma grave crise em 2012. Eu fui reeleito, elegi meu sucessor e saí da Prefeitura de Niterói com mais de 80% de aprovação e fazendo de Niterói e com a população de Niterói a melhor cidade em qualidade de vida. É essa a boa gestão que eu quero levar para o estado, para levar qualidade de vida para o nosso povo. Por isso, no próximo domingo, eu peço a cada um de vocês, vote com confiança que o Rio vai mudar para fazer um governo para o povo. Vote no 12.

Cláudio Castro: Primeiro lugar, queria agradecer a Ana Paula, em seu nome, Ana Paula, queria agradecer a toda a Rede Globo por esse debate, pela sua brilhante mediação; quero agradecer aos candidatos, quero agradecer a Analine, minha esposa, e que tem sido meu suporte e minha parceira nesses dois anos à frente; que agradecer ao João e à Duda, que tantas vezes ligaram para mim com saudade do papai. Mas eu digo, crianças, vocês vão ver que no futuro valeu a pena. Queria dizer que você pode até não me conhecer bem, mas quando Petrópolis precisou, eu fui o primeiro a chegar. Quando Angra precisou, eu estava lá. Quando Paraty precisou, eu estava lá. E assim foi no dia de Natal, pessoal de Caxias, eu estava lá. Nova Iguaçu também; Mesquita também. Você que tem participado dos programas sociais do estado, está vendo a coisa acontecer. Eu me lembro da Dona Maria, que chorou quando eu fui à casa dela e que falou que eu não tinha ideia do bem que eu estava fazendo — e eu só estava fazendo meu trabalho. No estado, que no primeiro ano tinha R$ 10 bi de déficit, no segundo, R$ 20 bi de déficit. Eu coloquei as contas em dia. Eu tive as contas aprovadas pelo Tribunal de Contas. Tudo o que todo mundo diz que vai fazer aqui é porque eu botei a casa em ordem. E essa casa em ordem que eu queria continuar investindo para você. Você é do interior, está vendo as obras. Eu estou sendo abraçado pelo estado inteiro, porque o investimento voltou, e o Restaurante Popular está aí para provar isso. Domingo, é 22 Cláudio Castro e 22 Jair Messias Bolsonaro para a gente mudar esse país.

Fonte: G1;

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