Um adolescente de 14 anos foi flagrado com uma machadinha e um martelo dentro da mochila, nessa última quarta-feira (30), na escola estadual onde estuda no município de Ubá, a cerca de 110 quilômetros de Juiz de Fora. De acordo com informações da Polícia Militar, denúncias anônimas davam conta de que o estudante estaria planejando para esta data um massacre no colégio. Diante da situação, também foram mobilizados o Conselho Tutelar, a Superintendência Regional de Ensino, além de um responsável.

Segundo a PM, nos pertences do aluno também havia um caderno contendo desenhos de um boneco atacando outros com machadinha e martelo. O jovem teria dito à polícia que aquele seria o “modus operandi” que pretendia executar. Também havia na mochila um bilhete com os dizeres: “Vou fazer um massacre com um machado e um martelo”.

Ainda conforme o registro policial, estudantes da mesma turma teriam chegado a ver o martelo e o machado em poder do adolescente, e o mesmo teria afirmado que seriam usados para executar o massacre. A PM questionou o jovem sobre a situação, e ele teria confirmado a versão, alegando que o motivo seria a sua infelicidade em relação à escola, à família e à vida.

O estudante acrescentou ter utilizado o celular de sua avó para pesquisar algum documentário e ter ideias sobre sua ação. Ele ainda revelou ter tido o plano após assistir na televisão ao atentado a tiros ocorrido em dois colégios de Aracruz (ES) na última sexta-feira (25). O ataque, praticado por um jovem de 16 anos, deixou quatro mortos e 13 feridos. A investigação apontou que o crime no Espírito Santo foi planejado por dois anos e que o infrator usou duas armas do pai, um policial militar.

Massacre de vítimas aleatórias
Sobre quem seriam os alvos em Ubá, o aluno apreendido disse à PM que pretendia escolher aleatoriamente suas vítimas. Depois disso, ele se limitou a balançar a cabeça a cada pergunta. A polícia também seguiu até a casa dele para localizar o celular utilizado para a pesquisa, mas o aparelho não foi encontrado, sendo posteriormente entregue por familiares. No perfil de uma rede social acessada pelo telefone havia instruções e dicas para concretizar o plano de execução do massacre.

O jovem foi atendido no Hospital Santa Isabel e encaminhado à delegacia. A PM também obteve informações de que o principal alvo do suspeito seria a diretora da instituição de ensino, que não estava na escola no momento da apreensão. “Durante toda a ocorrência o menor se mostrou cooperativo”, destacou a PM. Ainda segundo a corporação, o adolescente afirmou estar arrependido, disse que gostaria de ser internado e, sem ser questionado, afirmou já ter feito tratamento psicológico e que gostaria de continuar fazendo.

Com informações da Tribuna de Minas.

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