Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, inaugurou nessa segunda-feira (6), ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e do prefeito do Rio, Eduardo Paes, mais dois blocos do Super Centro Carioca de Saúde, em Benfica: um voltado para exames e outro para oftalmologia. Os prédios seguirão o plano previsto para a Política Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas e irão compor o Super Centro Carioca de Saúde, que teve o primeiro prédio inaugurado no ano passado.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, abriu a sua fala agradecendo ao prefeito Eduardo Paes pelo esforço na construção das unidades especializadas. O secretário de saúde também agradeceu ao apoio do presidente Lula ao Sistema Único de Saúde (SUS).
“Esse Centro começou a ser idealizado na eleição do Eduardo Paes, lá atrás. No governo de transição, a gente começou o planejamento e agora estamos entregando 22 mil metros de área construída. Muitas pessoas ainda na cidade do Rio morrem sem ter o atendimento médico necessário. Em julho deste ano, podem nos cobrar essa fila de procedimentos de olhos zerada. Toda fila oftalmológica do Estado do Rio de Janeiro zerada. São 16 mil atendimentos até o fim do primeiro semestre”, disse Soranz.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o Centro Carioca de Olho tem capacidade para mais de 52 mil procedimentos de oftalmologia, por mês, como consultas, cirurgia de catarata, córnea, estrabismo, glaucoma, pterígio, retina, além de exames oftalmológicos e dispensação de lentes corretivas. O prédio ainda conta uma ótica, que faz a distribuição de óculos de grau para os pacientes. O planejamento do órgão é que, ainda neste ano, o transplante de córneas possa ser realizado no local.
Em seu discurso, Lula valorizou as inaugurações com uma vitória do povo que aguardava por muito tempo nas filas esperando o atendimento de médicos especialistas.
“Quando a Nísia foi convidada por mim para ser ministra da Saúde, a primeira coisa que eu disse para ela foi que era preciso dar um jeito na questão das especialidades. Porque o povo pobre até tem acesso a uma UPA, uma clínica de emergência, mas quando esse médico indica um atendimento de especialista, essa pessoa espera e muitas vezes até morre na fila”, disse o presidente.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, comemorou o passo dado para a redução das filas nas unidades públicas de saúde. O Rio deve receber um investimento inicial de R$ 200 milhões para início do programa.
A estrutura começa a funcionar já nesta terça-feira, com quase 90% dos equipamentos funcionais. Uma das exceções é o Pet-Scam que, segundo o secretário Daniel Soranz, foi solicitado, mas ainda deve levar alguns meses para ser entregue. “Já estamos prontos para atender”, garantiu.
O espaço, inclusive, recebeu pacientes da fila do Sisreg ao longo das últimas semanas. Os atendimentos serviram de teste para que tudo esteja funcionando 100% nesta terça-feira, segundo o secretário.
Por Gabriel Lopes, com informações do O Dia.