Prefeitos de 14 cidades do Norte e Noroeste Fluminense se reuniram nesta quarta-feira (06) para debater ações em busca de socorro financeiro, para enfrentar a crise econômica na região. Muitas prefeituras já exoneraram servidores, reduziram salários e fizeram outros cortes. A reunião, que aconteceu de portas fechadas, aconteceu na sede da Prefeitura de Aperibé.
Entre as causas apontadas pelos prefeitos para a crise financeira estão a queda de arrecadação de ICMS, FPM, FUNDEB e royalties, o que impactou o orçamento dos municípios. Alguns deles já precisaram demitir funcionários contratados e comissionados, e fazer outros cortes.
“A gente tá em uma situação financeira devido à queda de arrecadação muito grande, e o período inflacionário também. Estamos aqui reunidos pra ver se a gente consegue uma alternativa junto a Assembleia Legislativa, junto ao Governo do Estado ou até o Governo Federal para que eles possam dar um aporte financeiro para que os municípios saíam dessa situação”, disse o prefeito de Miracema Clovinho Tostes, que foi o porta voz da reunião.
Em São Fidélis, por exemplo, mais de mil pessoas foram exoneradas pela prefeitura. O prefeito Amarildo Alcântara, que também esteve na reunião, falou sobre os cortes. “Eu tive que fazer um corte drástico na minha folha de pagamento porque se não, eu não ia conseguir cumprir com os meus compromissos. Dói na gente fazer uma demissão em massa como eu tive que fazer”, disse o prefeito.
Outra prefeitura que também já precisou fazer cortes foi a de Bom Jesus do Itabapoana. “Até o momento foram aproximadamente 150 prestadores de serviços desligados da Prefeitura de Bom Jesus, mas se a crise piorar, esse número pode piorar bastante”, disse o prefeito Paulo Sergio Cyrillo.
Durante a reunião os prefeitos fizeram contato com representantes da Alerj e do Governo Federal buscando ajuda para resolver a questão do ICMS. Os prefeitos assinaram um ofício solicitando um custeio de R$ 5 milhões para a saúde junto à Alerj.
Fonte: SFn