Uma câmera de segurança capturou o momento em que uma mulher sedada foi vítima de estupro na clínica de saúde mental onde estava internada em Camaragibe, no Grande Recife.
As imagens mostram um homem, que atuava como vigilante no local, colocando a mão por baixo do lençol que cobria a paciente. De acordo com a família, o criminoso, indiciado por estupro no início de junho, permanece foragido sete meses após o crime.
O incidente ocorreu na madrugada de 17 de novembro do ano passado, no Hospital Reluzir, em Aldeia. As informações foram divulgadas pelo Jornal do Commercio e confirmadas pelo g1. A unidade de saúde, ao ser procurada, informou que o segurança trabalhou no estabelecimento por dois meses e foi posteriormente demitido. No entanto, o nome dele não foi divulgado.
Segundo a advogada Maria Eduarda Albuquerque, que representa a família da paciente, a mulher, de 30 anos, estava internada na clínica particular para tratar uma crise de depressão.
As imagens, obtidas pelo g1 na terça-feira (18), mostram o vigilante vestido com uniforme e colete mexendo na paciente, que estava sozinha na sala, deitada em uma cama. Após tocar diferentes partes do corpo da vítima, o segurança deixou o local.
Maria Eduarda Albuquerque relatou que a mulher fechou os olhos e “queria que aquilo acabasse”. Além de ter sido estuprada, a paciente permaneceu sozinha na sala, e a família só foi informada horas depois do crime, com instruções para comparecer à clínica na manhã seguinte.
“É uma série de atrocidades nesse caso”, afirmou a advogada, destacando o medo da paciente e a falta de suporte da clínica à família.
A Polícia Civil concluiu o inquérito, indiciando o vigilante pelo crime de estupro, e encaminhou o caso ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Até a última atualização desta reportagem, não havia informações sobre a captura do indiciado.
Resposta do Hospital Reluzir
Procurada pelo portal g1, a direção do Hospital Reluzir enviou uma nota informando que:
Desde que tomou conhecimento do caso, deu apoio à vítima e à família, além de colaborar com a polícia para investigar o crime;
O estupro aconteceu na madrugada, mas a clínica só soube do crime pela manhã, durante uma consulta de rotina com a paciente;
Checou imediatamente as gravações das câmeras e, ao verificar a situação, encaminhou o caso à Delegacia de Camaragibe;
Ligou para os familiares da vítima pedindo que fossem ao hospital para conversar com a coordenação e a paciente, mas a mãe e o padrasto dela só estavam disponíveis no dia seguinte pela manhã;
O segurança trabalhava no local havia dois meses e cumpria uma jornada de 12 horas por 36, saindo da clínica às 7h;
O vigilante foi demitido no mesmo dia do crime e repassou às autoridades policiais todos os endereços e telefones dele;
Lamenta profundamente o ocorrido e se coloca à disposição da Polícia Civil e da Justiça para que o caso seja devidamente solucionado.
Fonte: Terra Brasil Notícias