A conta de luz dos brasileiros deveria sair mais cara em setembro. Segundo o governo federal, a bandeira amarela deve ser levantada devido à queda do nível do reservatório com a seca em todo o país. Isto leva à ativação de usinas térmicas, que consomem mais energia.

O custo adicional da tarifa é de R$ 1,88 por cada 100 kWh (kWh) consumido. A Agência Nacional de Electricidade irá colocar a bandeira na sexta-feira, dia 30. Segundo Aneel, a expectativa é que o aumento aconteça mas não dure muito devido à previsão de chuva para o início do período molhado em outubro.

Mas existe outro movimento mais permanente que aumenta o custo da geração de energia no segundo semestre de cada ano, principalmente devido à mudança na matriz energética do país, com a participação alta de turbinas solares e eólicas, que já representam 31,4% da geração. Esse problema tem sido enfrentado por outros países, mas ficou mais evidente no Brasil desde o ano passado e deve pesar o reajuste anual das distribuidoras em 2025.

As duas fontes de energia renovável, embora mais sustentáveis do ponto de vista ambiental, são intermitentes, isto é, têm grande variação de oferta porque dependem da luz solar e do vento. No caso da energia solar, há uma queda súbita na geração de energia no início da noite – e as turbinas eólicas nem sempre estão disponíveis neste momento.

Então, em um curto período de tempo, outras fontes precisam compensar a geração solar e atender à maior demanda. Normalmente, dadas as características do Brasil, as usinas hidrelétricas cumprem esse papel, principalmente as do Norte, como Belo Monte, Jirau e Santo Antônio. Mas, na avaliação do governo, a ajuda que pode ser dada pela geração hidráulica já está no limite, principalmente em períodos de seca, como o atual, quando os reservatórios ficam mais baixos e as usinas hidrelétricas dificultam o funcionamento.

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