Já faz algum tempo que Itaperuna vem perdendo seus aspectos de cidade interiorana tanto para o lado bom (crescimento), quanto para o lado ruim (criminalidade). O que era incomum tornou-se comum e nos semáforos é possível ver diversos ambulantes, artistas de rua, em meio ao intenso trânsito agora parte do cotidiano do Itaperunense.
Ocorre que há mais ou menos um ano Itaperuna vem presenciando um fenômeno um tanto quanto amedrontador. Usuários de crack (ou outros fortes entorpecentes) são vistos vagando pelas ruas da cidade, com destaque para a região central. Essa situação tem tirado a tranquilidade da população. Para piorar a maioria destas pessoas nem mesmo são munícipes, tendo vindo para cá de outras cidades.
O grande problema do crack é o alto grau de dependência que acomete os seus usuários que, por consequência, fazem de tudo para continuarem sob o efeito alucinógeno do entorpecente. Na maioria das vezes, pessoas dependentes dessa droga chegam a dilapidar todo patrimônio familiar apenas para sustentar o vício. Quando não tem o que vender, degradam para a criminalidade.
É preciso um olhar de piedade para lidar com casos assim. Não são pessoas necessariamente ruins, mas são levados a maldade pelo vício. Um vício do qual o dependente jamais sairá por conta própria caso não disponha de toda ajuda possível.
Por este motivo é importante uma abordagem dupla por parte do poder público e muito pulso firme. Em um lado está a necessidade de uma resposta enérgica para salvaguardar a segurança pública, por outro não podemos esquecer do dever de amor com o próximo. Já para aqueles que não são daqui, meios para que voltem aos seus lares de maneira segura e se possível, definitiva.
Fonte: Noroeste Informa