O comércio exterior do Espírito Santo teve um ano marcante em 2024. O movimento total – soma de importações e exportações – ficou em US$ 24,6 bilhões (R$ 142,6 bilhões a preço de hoje), 27,7% acima do registrado em 2023. As importações avançaram 41,5%, batendo em US$ 13,9 bi, e as exportações cresceram 12,6%, chegando a US$ 10,7 bilhões. Três produtos foram fundamentais para estes resultados: dois pelo lado das importações (veículos elétricos e aeronaves) e café do lado das exportações.

Dados compilados pelo Observatório da Federação das Indústrias do Espírito Santo mostram que, em 2025, as vendas de café para fora do Brasil a partir do Espírito Santo chegaram a US$ 2 bilhões, expansão de 119%. Importante frisar que o ano de 2023 já havia sido muito bom, ou seja, as vendas mais do que dobraram a partir de uma base que já era alta. O volume comercializado subiu, mas o que puxou mesmo foi a alta violenta do valor do produto, que está em falta no mercado mundial por causa de quebras de safra na Ásia. Em março de 2024 a saca de 60 quilos do conilon custava pouco mais de R$ 800. Agora, está em pouco mais de R$ 1,9 mil. Grande parte do café produzido no Estado é conilon.

Todo este contexto fez com que a exportação de café, em valor, se aproximasse das vendas de minério de ferro (US$ 3 bilhões) e ultrapassasse a de ferro e de aço (US$ 1,8 bilhão), algo inimaginável há pouquíssimo tempo. O Porto de Tubarão, da Vale, escoa boa parte da produção brasileira de minério e pelotas, que é uma das maiores do mundo. No ano passado, as exportações de pelotas e minério, por Tubarão, ficaram em US$ 3 bilhões. Cabe aqui uma explicação: enquanto as vendas de café estão em seus topos históricos, a de minério ainda sofre com a baixa de produção provocada ainda pelas consequências do rompimento da barragem de Brumadinho, da Vale, em janeiro de 2019.

Para 2025, a expectativa é de que as exportações de café sigam em alta. As de pelotas e minério devem recuperar parte do terreno perdido nos últimos tempos.

Dois detalhes sobre as importações capixabas em 2024: a entrada de veículos elétricos e híbridos (US$ 3 bi) avançou 100% e a de aeronaves (US$ 1,7 bi) cresceu 90%.

Fonte: A Gazeta

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