Após uma apreensão de drogas ao lado de sua residência no bairro Santa Mônica, em Guarapari, a dona de casa Ana Paula da Silva Barbosa, de 52 anos, foi vista pelos traficantes da região se despedindo da polícia militar, e suspeitaram que ela tivesse denunciado o local que funcionava como um laboratório de drogas.
A mulher foi amarrada, torturada, e morta na frente da filha e da neta. Dois homens de 20 e 21 anos foram presos, em flagrante, pela equipe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Guarapari, suspeitos de serem os autores do homicídio.
“Eles foram cobrar as drogas. Além da mulher de 52 anos, eles amarraram o companheiro da vítima e outro morador da quitinete. Eles os torturaram, deram coronhadas e enforcaram os três. Chegaram a colocar pedras dentro de uma meia, e bater nas vítimas, pedindo o dinheiro das drogas ou os entorpecentes de volta”, conta o delegado da DHPP, Franco Malini.
Durante a tortura, um dos criminosos ameaçou de matar a filha da dona de casa, que estava na quitinete ao lado, e nesse momento Ana Paula conseguiu fugir, mas quando se aproximava do portão um dos indivíduos efetuou os disparos que a atingiu.
A vítima chegou a ser socorrida por outros vizinhos até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, mas a mulher já chegou ao local em óbito.
Um terceiro suspeito no crime, um homem de 20 anos, foi identificado, mas ainda não foi localizado. Ele foi preso por tráfico pela própria equipe da DHPP no dia 04 de março, mas no último dia 07 foi solto. Em menos de um mês em liberdade, está envolvido em um novo crime.
“Mataram a vítima por uma coisa que ela não fez”
Policiais militares realizaram uma apreensão de drogas no bairro Santa Mônica no mesmo dia do crime. O entorpecente foi encontrado em uma quitinete e entregue na Delegacia Regional de Guarapari.
Um dos suspeitos viu uma das moradoras conversando com os policiais e suspeitou que ela tivesse furtado as drogas ou mostrado a localização para os militares. Essa seria a motivação do crime.
“Esse grupo é muito conhecido na delegacia por ter essa postura de inconsequência e de querer mandar no bairro Santa Mônica. Mataram a vítima por uma coisa que ela não fez. Foi um trabalho legítimo da Polícia Militar que apreendeu as drogas que estavam escondidas naquele local e eles queriam imputar o prejuízo a essa mulher. Sua neta estava no local, sua filha estava no local, e no final a vítima foi morta de forma covarde por esses traficantes”, explicou o delegado.
Os suspeitos foram encaminhados à delegacia, onde foram autuados por homicídio qualificado, lesão corporal, tortura e associação criminosa. Os detidos serão encaminhados ao sistema prisional.
O caso continua sob investigação e informações sobre o paradeiro do terceiro suspeito podem ser repassadas de forma anônima pelo Disque-Denúncia 181.
*Com informações da Tribuna Online
