Os casos confirmados de contaminação por covid-19 no município do Rio de Janeiro tiveram aumentos consecutivos nos últimos 31 dias, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). No dia 8 de julho, a cidade registrou uma média móvel de 634 casos, enquanto nas últimas 24h o mesmo índice subiu para 1.593 pacientes infectados; ou 151% acima. O número de mortes se manteve estável, pulando de 44 a 46 óbitos em média no período. No entanto, as vagas para atendimento médico por covid-19 na capital fluminense seguem abaixo da capacidade total. Até a manhã desta segunda-feira (9), o registro no Censo Hospitalar indicava a oferta de 138 leitos livres. Desta quantidade, 84 estão cedidos e 53 reservados; apenas um leito estava totalmente disponível nesta segunda.

Os números da pandemia preocupam e a cidade tem 88% dos leitos operacionais ocupados. Se considerada a quantidade total de leitos a ser disponibilizados, a taxa de atendimento no Rio seria de 63%. O censo mostra que o Rio tem 525 vagas indisponíveis; 178 nas UTIs e 327 em enfermarias.

Conforme os dados, 1060 pacientes que estão em atendimento nesta segunda, 682 internados em leitos de UTI e outros 353 em enfermarias. Ainda segundo o Censo Hospitalar, 18 crianças estão em unidades pediátricas com síndromes gripais e outras 12 estão em leitos de UTI.

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS) foi procurada para esclarecer se pretende reativar os leitos indisponíveis da cidade de forma preventiva para enfrentar um possível aumento da procura das unidades hospitalares, mas não retornou até a finalização desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.

Inverno e circulação da variante Delta podem influenciar

O Rio de Janeiro registrou, até o momento, 67 casos confirmados da variante Delta da covid-19. Outros materiais genéticos estão em processo de confirmação nos laboratórios. A tendência é que o número de infecções pela cepa B1.617-2 seja muito maior, dado que a identificação pelo sequenciamento genético é um procedimento complexo e exige tempo para a verificação.

Na última sexta-feira (6), o secretário municipal da Saúde, Daniel Soranz, reconheceu a possível influência da variante Delta durante o 31° Boletim Epidemiológico. “A gente já esperava porque o inverno é um período de gripe, e a variante Delta está influenciando”.

*Com informações de O Dia

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