O governo federal estuda elevar o valor do salário mínimo de R$ 1.100 para R$ 1.170 em 2022. Segundo a Folha de São Paulo, o Ministério da Economia trabalha com a taxa de reajuste de 6,2%, acima do teto da meta para este ano, que é 5,25%.
Mesmo assim, o valor deve ficar defasado, isso porque o mercado financeiro, na última projeção, elevou a expectativa de inflação para 7,11%. A correção deve ser apresentada na peça do Orçamento para 2022 até dia 31 de agosto.
O descolamento da realidade inflacionário pode trazer consequências ao planejamento do ano que vem, como uma folga maior no teto de gastos, que ampliaria o espaço para medidas prioritárias do governo, como o aumento do Bolsa Família.
O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que baliza o reajuste do salário mínimo e também é usado em acordos e negociações coletivas de trabalho deve terminar o ano perto de 8%, segundo estimativas do Ibre FGV (Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas), acima dos 6,2% pensados pela pasta do Paulo Guedes.
Constituição determina que o salário mínimo deve garantir a manutenção do poder de compra do trabalhador. Por isso, o valor tem que ser corrigido pela inflação. Ou seja, se o governo errar nos cálculos, o valor pode ultrapassar R$ 1.170 até o ano que vem.
2021 defasado
O salário mínimo de 2021 não acompanhou o INPC divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o valor deveria ter sido de R$ 1.102, R$ 2 acima do valor pago no curso desse ano.
Sendo assim, para 2022, o reajuste pelo INPC partirá de R$ 1.102.
*Com informações do Portal IG