Caminhoneiros que estiveram com Jair Bolsonaro (sem partido) disseram nesta quinta-feira (9) que só desmobilizam atos de raiz golpista e paralisações em rodovias se avançar a pauta anti-STF (Supremo Tribunal Federal).
Bolsonaro no entanto, divulgou áudio na quarta-feira (8) pedindo que caminhoneiros alinhados ao governo liberem as rodovias bloqueadas.
Questionados sobre quando encerram as manifestações, Burgardt condiciou a retirada dos caminhões das estradas a uma reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para tratar da atuação do Supremo. Burgardt perdeu as eleições de 2020 a vereador em Canoinhas (SC) pelo PRTB, o mesmo partido do vice presidente Hamilton Mourão.
Os caminhoneiros disseram que não representam entidades e são autônomos.
Os caminhoneiros haviam sido recebidos por Jair Bolsonaro e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Havia expectativa de que o ministro falasse à imprensa sobre o encontro, mas os deputados Bibo Nunes (PSL-RS), Carla Zambelli (PSL-SP) e Major Vítor Hugo (PSL-GO) foram escalados.
“Nossa pauta é contra o STF. Não diria assim contra. Queremos que todos os poderes políticos trabalhem dentro da Constituição. É só isso”, afirmou o caminhoneiro Immich.
Aliados temem que as manifestações de caminhoneiros nas estradas em apoio a Bolsonaro prejudiquem o governo caso os efeitos econômicos da paralisação se espalhem. Em algumas cidades, já há relatos de falta de combustíveis.
Caminhoneiros realizaram nesta quarta paralisações em trechos de rodovias em ao menos 15 estados. Sem apoio formal de entidades da categoria, os motoristas são alinhados politicamente ao governo ou ligados ao agronegócio.
*Com informações da UOL