Um dia depois de Bolsonaro publicar uma nota com recuo dos ataques que proferiu no 7 de setembro, um nome de peso do governo se reuniu com o principal alvo do presidente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O chefe da pasta da Justiça, Anderson Torres, passou mais de quatro horas em um encontro a sós com o magistrado na casa dele, em São Paulo.
Torres saiu otimista da conversa, que descreveu como “cordial e respeitosa”. A interlocutores disse que que o futuro das relações entre os poderes será “o melhor possível”. Ainda de acordo com interlocutores do auxiliar de Bolsonaro, uma das missões do ministro foi dizer a Moraes que olhar para o futuro é o que importa para o governo. Nesse cenário, os três Poderes têm de estar unidos em prol do Brasil.
A agenda foi uma inciativa do ministro da Justiça com o aval de Bolsonaro.
Antes de conversa com Moraes, o ministro almoçou com a cúpula da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Lá, trabalhou para distensionar o clima após o desentendimento da entidade com bancos públicos por causa de um manifesto em defesa da democracia. Torres também costurou com o presidente da Febraban, Isaac Sidney, a criação de uma estratégia nacional de combate aos crimes cibernéticos.