Amado por muitos cariocas, o horário de verão voltou a ser tema de discussão em Brasília, especialmente por causa da ameaça de apagão em função da crise energética que assola o país.
O Ministério de Minas e Energia (MME) solicitou novos estudos ao ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) para avaliar o impacto do horário de verão na economia no consumo de eletricidade dos lares brasileiros.
Mesmo encomendando os dados e disposto a debater o tema, a pasta ainda parece irredutível em um movimento de ceder a pressão de diversos setores econômicos, como turismo, serviços e shoppings, que pedem a volta do horário de verão.
“A contribuição do horário de verão é limitada, tendo em vista que, nos últimos anos, houve mudanças no hábito de consumo de energia da população, deslocando o maior consumo diário de energia para o período diurno”, diz o ministério, em nota, e completa.
“Assim, no momento, o MME não identificou que a aplicação do horário de verão traga benefícios para redução da demanda”, continua, frisando que pediu que o ONS “reexaminasse a questão”, conclui.
A Associação Brasileira das Companhias de Energia Elétrica (ABCE), discorda do posicionamento do governo, afirmando que “toda ajuda é bem-vinda” em um momento delicado para o setor, como é o atual.
“Por mais que não faça grandes diferenças, poupar é sempre bom”, diz ao jornal Folha de S.Paulo, o diretor-presidente da entidade, Alexei Vivan.
*Com informações de Diário do Rio