Depois de um início de ano em que o número de casos de covid deu um salto no Rio, devido à circulação da variante Ômicron, os índices de casos e internações começam a estabilizar. É o famoso – e aguardado – platô. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, avalia que ainda é muito precoce para afirmar quando o número de casos começará a cair, mas os números já mostram uma desaceleração: a taxa de positividade que, que era de 46% há uma semana, está em 33% – significa que a cada 100 pessoas que fazem o teste, 33 estão positivas.
O comportamento da Ômicron ao redor do mundo mostra que, em média, a curva ascende durante 25 a 38 dias, e depois começa a desacelerar, até cair. No Rio, a média móvel de casos, que estava em 12,7 mil no dia 14 de janeiro, desceu para 3 mil no dia 24. O número de internados, que chegou a 900 na semana passada, está em 778 nesta quarta-feira (26).
“É precoce ainda afirmar, mas todos os dados indicam que parece que a variante Ômicron chegou em um platô. A gente vê uma redução de procura por testes nas unidades, uma redução do índice de positividade dos testes e também uma redução na solicitação de vagas na rede hospitalar. Isso é precoce, mas é o que os números estão mostrando. Nos grandes capitais, as curvas caminham antes das outras cidades”, avalia o secretário Soranz, que esteve no Planetário da Gávea na manhã desta quarta-feira (26) para acompanhar o início da vacinação das crianças de 10 anos.
“Os números mostram uma certa estabilização, em relação ao que a gente via no início do ano: um crescimento abrupto com uma velocidade muito grande. Se compararmos nossa curva com a do Reino Unido, ou a da África do Sul, a gente vê que a curva por lá durou em torno de 25 a 38 dias. Então é um período de duração bastante curto e em todos esse países a curva foi muito parecida. No ápice, ela foi muito intensa e veloz. Na Europa, a cada pessoa que pegava a Ômicron, outras seis se contaminaram. No Rio, a pessoa, outras quatro se contaminavam”, compara o secretário.