Um homem foi morto pelo próprio vizinho, na porta de casa, em São Gonçalo, na noite desta quarta-feira (2). Segundo a polícia, Durval Teófilo Filho, de 38 anos, foi baleado ao ser confundido com um bandido.

O autor dos disparos foi o sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, que chegou a socorrer a vítima e foi preso em flagrante. O crime foi na Rua Capitão Juvenal Figueiredo 1520, no Colubandê, por volta das 23h.

À PM, Aurélio disse que chegava em casa quando avistou um homem se aproximando de seu veículo “muito rápido”. O militar afirmou ter atirado três vezes, atingindo a barriga de Durval.

Luziane Teófilo, mulher de Durval, disse que escutou os tiros. Ela afirma ainda que o marido morreu porque era preto. “A minha filha, que tem 6 anos, estava esperando por ele. Imediatamente ela olhou pela janela e disse que era o pai dela”, narrou.

Aurélio então se aproximou de Durval e viu que ele não estava armado. Ainda segundo o depoimento, Durval chegou a dizer a Aurélio que era morador do mesmo condomínio.

O militar, então, socorreu o vizinho ferido, levando-o ao Hospital Estadual Alberto Torres, onde foi preso. Durval não resistiu e morreu na unidade.

Aos PMs, Aurélio informou que “a localidade é perigosa e costuma ter muitos assaltos”.

Luziane foi levada ao hospital. “Vendo as câmeras, ouvindo a fala do delegado e pelo que os vizinhos estão falando, tenho certeza de que isso aconteceu porque ele é preto. Mesmo eles falando que ele era morador do condomínio, o vizinho não quis saber. Para mim, foi racismo sim”, afirmou a viúva.

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