Foi movida uma ação contra uma academia de Itaperuna no Ministério Público do município. A iniciativa foi de um cadeirante, que fez contato com nossa redação. A ação tem como base o artigo 88 da lei 13.146 (Praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência.

De acordo com o solicitante, seu descontentamento se deve ao fato de reclamações a possíveis sujeiras provocadas por sua cadeira de rodas. Ele alega que o mesmo tipo de sujeira pode ser causado por tênis. Na quinta-feira passada (12), o cadeirante recebeu uma mensagem de áudio no Whatsapp de seu celular, na qual um funcionário comunica o rompimento da parceria e explica o motivo da decisão.    

“Deixa eu te falar sobre a sujeira da cadeira de rodas. O que acontece, o rapaz precisa limpar a academia todos os dias. A cadeira de rodas marca tudo. Ele tem todo o trabalho de limpar de novo. A gente deixa de fazer outra coisa. Isso atrasa. Já pedimos para a menina limpar a cadeira de rodas antes de entrar, ter cuidado, mas ninguém faz. Isso vem acontecendo há muito tempo. É coisa simples de fazer, é só limpar a cadeira de rodas na entrada, ela ou o seu personal, mas não fizeram. A gente vai ter de cancelar essa parceria que temos com você, essa bolsa, por causa dessa situação que acontece com a gente aqui na academia. Tentamos ajudar, facilitar, mas infelizmente acaba atrapalhando a gente. Então, teremos de encerrar essa bolsa com você. Caso você queira treinar com a gente aqui, vamos cobrar o valor normal da mensalidade para poder limpar e fazer o serviço. Um abraço. Tchau, tchau”.       

A parceria durou cerca de um ano. Neste período, o aluno da academia praticava atividades físicas e divulgava os treinos em suas redes sociais, em troca do espaço para os treinamentos. 

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