O policial militar Thiago Garrocho, lotado no Batalhão de Guarapari, contou nas redes sociais que foi punido pelo Conselho de Ética da instituição por publicar vídeos de entretenimento nas redes sociais. Thiago e a esposa, que é policial civil, produzem vídeos de humor sobre o dia-a-dia nas corporações e, também, sobre casamento. Segundo os policiais, eles contam com mais de 8 milhões de seguidores em cinco redes sociais.

O militar afirmou que foi suspenso de suas funções pelo prazo de dez dias e, com a punição, perderá parte do salário. Além disso, fica impedido de receber honrarias e medalhas enquanto estiver afastado. A mulher do PM, até o momento, não é alvo de repreensão por causa dos vídeos.

Ainda segundo o policial, que está na PM desde de 2014, ele começou a produzir vídeos humorísticos em 2018. Garrocho contou, em tom de decepção, que cinco vídeos dele foram analisados pelo Conselho de Ética e, neles, constatados transgressões como gravações em que aparece sem boina e com a farda desalinhada, um vídeo específico em que ele faz uma análise técnica do colete balístico e um outro vídeo que, segundo o Conselho, foi gravado durante o serviço, mesmo o policial afirmando que estava fora da atividade policial.

“Peço desculpas se atrapalhei a imagem da polícia com meus vídeos de humor e entretenimento. A intenção sempre foi humanizar a farda e não ser um problema. Fui suspenso, vou perder salário, promoções e medalhas. Recebo 3.800 reais líquidos e por causa da suspensão irei receber por volta de 2.500 reais. Muito difícil isso tudo! Que Deus possa me ajudar e guiar nessa caminhada e entender porque fizeram isso comigo”, disse Garrocho nas redes sociais.

O que diz a PM

A Polícia Militar do Espírito Santo informa que o policial militar em tela infringiu dispositivos presentes no Código de Ética e Disciplina dos Militares Estaduais. Desta forma, o militar foi submetido a um Processo Administrativo Disciplinar, no qual lhe foram assegurados os direitos constitucionais de ampla defesa e contraditório. Tal processo foi submetido ao Conselho de Ética da Instituição, que emitiu um parecer com o entendimento de que o soldado foi culpado das referidas acusações e passou a cumprir, a partir desta segunda-feira (13), as punições disciplinares a ele impostas. Vale ressaltar que o militar não recebeu essa penalidade pelo fato de postar vídeos em redes sociais, mas sim por postar vídeos em desacordo com as normativas do Código de Ética e Disciplina a qual todos os policiais militares estão subordinados.

Fonte: Aqui notícias

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